Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Ainhoa García Rocha Estudante Madrid, Espanha 43K

Gostava de aprender a usar o vocativo . Parece-me que os portugueses usam muito.

Mil vezes o meu muito obrigada!

António Magalhães Professor aposentado Oliveira de Azeméis, Portugal 5K

Na minha aldeia há o termo ucheira como significado de grandes pedras de granito, ao alto, suportando lateralmente um portão ou cancela de entrada para uma propriedade. Não encontro este termo nos dicionários. Será que existe? Tratar-se-á de uma corruptela de qualquer outro termo?

Rafael Pombo Estudante Rio de Janeiro, Brasil 6K

Quanto à presença ou ausência dos artigos a e o, as seguintes frases estão corretas?

«Correr a toda a velocidade.»

«Salvá-la a todo custo.»

«Empurrar a toda a força.»

Estaria correto que «Salvá-la a todo custo» se escreve sem o artigo o, pois a frase possui o sentido de «salvá-la a qualquer custo» e não «salvá-la com muito custo»?

Élcio Mário Pinto Professor Sorocaba, Brasil 11K

Gostaria de saber o significado do vocábulo pinto para o português de Portugal.

Grato.

Gisela Neto Operadora de call center Luanda, Angola 7K

Embora tenha investigado, continuo com dúvidas em relação aos pronomes clíticos a usar nas seguintes frases.

a) «Digam-nos o que aconteceu. Espero que__________o que aconteceu.»

b) «Traz-me um pão saloio da padaria. Quero que__________um pão saloio da padaria.»

c) «O professor chama-me todos os dias; oxalá ele_________também hoje.»

Raquel Mendonça Estudante de Letras Viena, Áustria 3K

Tenho observado que os brasileiros, ao falarem que fizeram/vão fazer alguma coisa, dizem constantemente «eu peguei e fiz isso». Um exemplo seria: «Ontem estava nervoso, daí eu peguei e liguei para ela» ou «Estou muito nervoso. Vou pegar e ligar para ela». Existe uma explicação para o uso desse pegar no meio da frase? Seria possível fazer uma análise sintática?

Muito obrigada.

Maria Bertila Leal de Castro Estudante Campinas, Brasil 8K

Aqui em Campinas se usa dizer: «de domingo», «de segunda», etc., em vez de «no domingo», «na segunda», etc. Acho que pela norma culta esse uso não está correto, mas gostaria de saber por que o uso do de é errado nessa situação. Ex.: «de domingo irei ao teatro» em vez de «no domingo irei ao teatro».

Obrigada.

Júnior Souza Estudante Mossoró, Brasil 20K

Um dia desses, eu estava assistindo a um filme e ouvi a palavra "esquila" para se referir ao feminino de esquilo, mas eu acredito que este não seja o feminino de esquilo, recorri ao dicionário, mas não encontrei. Eu acho que é um substantivo epiceno. Por favor, responda-me, qual é o feminino de esquilo?

Desde já agradeço...

Ana Brito Professora Brasília, Brasil 11K

Sou frequentadora assídua das páginas do Ciberdúvidas. Aqui encontro respostas às mais diversas dúvidas que, por vezes, se apresentam enquanto escrevo. Sem dúvida, este é um espaço no qual se encontram orientações elaboradas de forma clara, correta e objetiva.

No entanto, quero tecer alguns comentários a respeito da resposta dada às questões do texto Sobre a próclise, a mesóclise e a ênclise (Edite Prada :: 04/05/2004).

As respostas apresentadas ao consulente são bastante elucidativas, porém as justificativas dadas ao uso do pronome no Brasil são, no meu modo de pensar, extremamente superficiais. Aliás, nem se pode falar no plural, pois há somente uma: "porque obedece à regra geral".

No Brasil, há, sim, um distanciamento natural entre a fala e a escrita, por motivos que vão muito além do mero descaso para com a língua – há raízes históricas e problemas estruturais graves.

No que concerne à norma culta, mais especificamente à escrita, preconiza-se o uso das regras. Dessa forma, as justificativas aqui deveriam levar em conta as normas gramaticais e não o uso informal da língua, pois dá a impressão de que no Brasil os gramáticos concordam com esta "regra geral" e que as escolas adotam-nas.

O brasileiro, ainda que tenha bons conhecimentos e uma sólida formação, estabelece diferenças entre as diversas situações de uso da língua. Eu arriscaria dizer que, com relação à fala, somos muito mais "situacionais" – "contextuais" do que propriamente "gramaticais".

Eu disse com relação à fala, pois os que fazem uso do padrão culto na modalidade escrita sabem que as regras existem e que a gramática é normativa.

Felicidades a todas(os) e parabéns pelo inestimável trabalho de aclarar as dúvidas e clarear os espíritos.

Grata.

Michelle Siqueira Professora Lisboa, Portugal 6K

Sou brasileira, e a língua portuguesa é minha ferramenta de trabalho, mas atualmente vivo em Lisboa. Desejo estudar o português europeu para diferenciá-lo, com responsabilidade, do português que aprendi no Brasil. Por onde posso começar? Preciso de uma referência de gramática e de outra para a literatura.

Desde já agradeço muito, caso possam ajudar-me.