Sobre a lenda gaúcha, o correto é «Negrinho do Pastoreio», ou do «Pastoreiro»?
Dirigo-me a Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, no sentido de ser elucidado quanto ao modo correcto como se escreve uma das freguesias, que também é localidade, do concelho de Torres Novas, distrito de Santarém.
Trata-se da freguesia de Assentis, que uns escrevem (a terminar) com s (Assentis), e outros com z (Assentiz). Existem mapas que escrevem Assentis, outros há que optam por Assentiz. E nas placas toponímicas a confusão também está presente. Qual é a grafia correcta?
Alguns organismos públicos baseiam-se na publicação efectuada no Diário da República n.º 41, 2.ª Série, de 17/2/1995 – Normalização e harmonização do “Código da Divisão Administrativa/Revisão 1994”, em que a grafia é com z.
No entanto, e segundo o Decreto n.º 35 228, de 8 de Dezembro de 1945, a nova Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, que logo entrou em vigor, começou esta freguesia a escrever-se no final com s... ou estarei errado?
Ouvido no História (15/4/2009) versão portuguesa (?) Santa Claus, Pim Pam Pum (Audiovisuais):
1. «Houve 30 fatalidades [ing. fatalities] num desastre ocorrido, anos atrás, no estádio do Liverpool.»
E ainda:
«... o salão serviu de sala de morte temporária» (formidável! afinal, ela não é definitiva…)
Quem ensina [a estas pessoas], de uma vez para sempre, que difere de: «sala temporária de morte» (de acolhimento dos cadáveres)?
2. /lazulí/ acentuada na última sílaba em vez do correcto lazúli, grave.
3. «armada… de navios»!
Eu explico aos neófitos: não há qualquer redundância, a especificação é indispensável, pois por aqui é vulgar encontrarmos army traduzido por armada.
4. "Plantaformas".
5. «"A luxuriosa" cabine do Capitão»: o [...] tradutor queria dizer apenas luxuosa. É o falar difícil: luxuriosa, que tem acepção muito diferente, é sempre escolhida, pois fica muito mais pirotécnica, para embasbacamento dos ignorantes.
6. /mediúcres/ por medíocres.
7. "Reino Médio", em vez do normal Império do Meio (China).
8. /Ormuze/ por Ormuz.
Agora, peço a Ciberdúvidas, um favor: insisti, junto dos teimosos exterminadores do verbo pôr, até a voz ficar rouca, que a mais das vezes não é substituível por colocar. Essa prestimosa gente dos meios de comunicação convenceu-se de que pôr constitui trabalho exclusivo das galinhas (e de outras aves).
E assim se vai ensinando o povo, por estas boas almas.
"Nikita Cruchov", ou "Krutchov", ou "Krutchev"?
Obrigado.
«Língua não materna», ou «língua não-materna»?
«O não cumprimento da planificação», ou «o não-cumprimento da planificação»?
Como se deve escrever em português "Moussavi", nome do actual líder da oposição iraniana? É que tenho visto escrito nos jornais e televisões portugueses das mais variadas formas: "Mousavi", "Moussavi", "Moussawi" e "Mussavi".
Tenho visto este termo — "Gondwana" — que designa o hipotético supercontinente que ligaria as actuais América do Sul, Índia, Austrália e Antárctida — grafado também com u: "Gonduana". Qual é a forma mais correcta?
Em uma placa de sinalização rodoviária, que frase está correta e porquê?
«Retorno
«Mantenha a esquerda»,
ou
«Retorno
«Mantenha-se a esquerda?»
Enfim, uso o pronome ou não, e o a tem crase ou não?
Grato.
1) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL) [em português do Brasil (PB)] contém a palavra ahn, descrita como interjeição.
Julgo saber que o h se usa no início de certas palavras por razões etimológicas. Nos dígrafos nh, lh e ch. E no final de certos vocábulos, como ah, convencionalmente. Nenhum dos casos aqui se aplica.
Está ahn corretamente grafado? Muito agradecia resposta e comentário.
2) O Acordo Ortográfico de 1990 indica explicitamente que se grafa Cernache (e logo não Sernache). O VOLP da ABL contém tanto os vocábulos cernachense como sernanchense. Este último termo está corretamente grafado?
3) O VOLP contém o encadeamento vocabular palha de itália (com minúscula). Se fosse com hífen, eu perceberia (palha-de-itália); mas prescindindo-se do hífen não seria antes "palha de Itália" (com maiúscula)?
(Este VOLP da ABL começa a enervar-me.)
Os dicionários de português portugueses também poderão ser usados no ensino público do Brasil, em substituição dos brasileiros, pelos alunos que assim o desejarem?
Em Portugal, os alunos que optarem pelos dicionários de português brasileiros poderão, na escrita e nos exames escritos, usar os vocábulos conformes às ortografias e acentuações dos ditos dicionários? Isto é: patrimônio e não património, moleque e não rapaz, dilatar e não eliminar, etc.; ou alternar no decurso do texto ora uns ora outros, por exemplo: «Eu vi dois moleques. Mas o meu irmão afirma que viu três rapazes.» «Este fato ultrapassa-me, porque de facto não tenho a certeza», etc.
É o fim dos brasileirismos?
Os meus sinceros agradecimentos.
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