Não concordo muito que se dê primazia à fonética em detrimento da etimologia, embora assuma naturais evoluções linguísticas e esteja disposto a compreender melhor o polémico "N.A.O." [Novo Acordo Ortográfico]... Ora, mais até do que todas as outras alterações inerentes à entrada em vigor do dito acordo, as que mais "confusão"/relutância/"receio" me causam e para as quais gostaria de obter, se possível, justificação (ou, pelo menos, reflexão conjunta) são:
— Supressão do acento circunflexo nas formas verbais crêem, dêem, lêem e vêem, etc.;
— Supressão do acento agudo na forma verbal pára, tornando-a indistinta da preposição para (!);
— Supressão do acento circunflexo em pêra e pêlo, por ex., tornando ambos os termos indiferenciados das preposições pera (ainda que arcaica) e pelo.
E qual a lógica de manter o acento circunflexo em pôde (do verbo poder) e pôr, distinguindo ambas as palavras da forma verbal pode e da preposição por e, ao mesmo tempo, avançar com a supressão do acento agudo de pára!?
E não será demasiado radical/precipitado alterar completamente a grafia (e consequente imagem mental) das palavras assumpção para assunção e peremptório para perentório!?
E porquê, por ex., a estranha grafia windsurfe, que mais parece um "cruzamento" forçado de português com inglês...? Sou apologista do anglicismo windsurf ou então tenta-se aportuguesar completamente o termo (ou, pelo menos, arranjar-lhe um equivalente), não?
Obrigado a todos e espero não ferir susceptibilidades e/ou ser mal interpretado, mas, acima de tudo, defendo a minha língua!...
Como fica a questão das palavras com dupla ortografia aceitas hoje e que não estão previstas no acordo ortográfico?
Por exemplo: próton/prótão, aluguer/aluguel, louro/loiro, cabina/cabine, camioneta/caminhoneta, etc.
Seguindo o "espírito" do novo acordo, entendo que posso utilizá-las em qualquer de suas grafias. Estou enganado?
Agradecia que me dissessem qual a forma correcta: «Maria rapaz», «maria-rapaz», ou...
A palavra instituição acentua-se em que sílaba?
Há dias, tive uma "discussão" com um cidadão brasileiro, já que ele dizia que na faculdade um professor seu lhe tinha ensinado que se dizia "limitrofe" (assim mesmo, com a sílaba tónica em "tro", ficando a pronúncia "limitrófe") e não "limítrofe", com a sílaba tónica em "mí" como o próprio acento já indica.
Ora, consultei alguns dicionários brasileiros online e também surge sempre com a grafia limítrofe.
Gostava de saber se existirá realmente essa distinção entre o português daqui e de lá, ou se essa pessoa terá recebido uma informação errada por parte do seu professor.
Obrigado.
Estou a consultar documentos emitidos no ano de 1931. Em grande parte deles e, sempre escrito pela mesma pessoa, aparece a palavra "ortugou" o contrato (por exemplo). Gostaria que me informassem, se possível, se este é um erro ortográfico, ou se, à data, esta era a forma correcta de escrever.
Obrigada.
Gostaria de saber se espessura já se escreveu "expessura".
Muito obrigada.
Consciente de que na minha profissão, pelos neologismos e não só, se maltrata por vezes a língua portuguesa, vinha perguntar se no nome desta patologia otológica bem descrita e fundamentada na literatura médica internacional deveríamos usar em português a palavra "otoespongeose" ou preferir "otoesponjeose". Tentei ir lá por analogias, mas não fiquei esclarecido, porque se escreve esponja e esponjar, mas também se escreve espongiforme.
Obrigado pela paciência.
Por qual das duas formas será mais aconselhável optar em português? Camaleão, ou pigmalião?
Obrigada.
Sou estudante do primeiro ano do ensino médio e atualmente estou estudando dígrafos, encontros consonantais e encontros vocálicos e gostaria de saber por que as palavras aquário e pequeno não são consideradas dígrafos nos dois casos?
E gostaria de saber qual o encontro consonantal nas palavras grandes e preestabelecida? E qual o encontro vocálico nas palavras meu, secundária e empresarias?
Agradeço desde já!
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