Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Ortografia/Pontuação
Diana Oliveira Estudante Braga, Portugal 7K

Gostaria de saber como se classificam as frases complexas cujas orações se repartem pela introdução do discurso directo e o discurso directo propriamente dito. Exemplo:

«Quando o José abriu a caixa disse:
— É para mim!»

Atentando na frase/oração introdutória, se a 1.ª oração é facilmente classificável (subordinada adverbial temporal), já a segunda, ao reduzir-se apenas ao verbo declarativo «disse», suscita algumas dúvidas, pois um dos constituintes fundamentais deste verbo — o complemento directo (CD) — é enformado pela frase simples já em discurso directo. Assim, poderá «disse» ser considerado por si só oração subordinante ou, pelo contrário, e como está em falta um dos elementos essenciais por ele pedido, não poderá de modo algum sê-lo? Caso não possa considerar-se como oração principal, como classificá-lo? E a oração subordinada adverbial continua a sê-lo?

Quanto à frase já em discurso directo («É para mim!»), devemos classificá-la como frase simples (porque o é por si só), ou, sabendo nós que se trata do CD do verbo declarativo antecedente, devemos analisá-la na sua forma de discurso indirecto e classificá-la como oração subordinada completiva?

O mesmo para «Penso — disse meu pai — que te darás melhor em letras»: «disse meu pai» — frase simples, ou, convertendo toda a frase para o discurso indire{#c!}to («O meu pai disse que pensava que me daria melhor em letras»), oração subordinante?

Já agora, aproveito para colocar a mesma questão em relação a frases complexas na interrogativa. Exemplo: «Será que expulsá-lo da aula foi bem pensado?»

Espero ter sido clara na exposição da dúvida.

Obrigada.

Fernando Dias Vigilante Braga, Portugal 6K

Gostaria de saber qual destas palavras é formada por justaposição:

malfeitor
hipertensão
Monsanto
contradizer

Fernando Carvalho Engenheiro Porto, Portugal 5K

Uma amiga usa com alguma frequência a palavra "espapassar", tendo-nos surgido a dúvida sobre se se escreve assim ou "espapaçar".

Uma pesquisa na Internet não me esclareceu, pelo que lhes fico muito grato se me informarem do seguinte:

(i) As duas palavras homófonas existem?

(ii) E, nessa hipótese, qual o significado de cada uma?

Ana Oom Professora Lisboa, Portugal 3K

Gostaria de saber se a seguinte frase se pontua ou não com dois-pontos, uma vez que não há qualquer verbo que introduz o discurso directo.

«No entanto, ela não reagiu como Afonso gostaria:
— Tu não sabes o que dizes, Afonso!»

Obrigada.

José Cruz Reformado bancário Lisboa, Portugal 10K

Qual o significado de "xanfuta"? Encontrei a palavra "chanfuta" na Internet (nomeadamente na página do Portal da Língua Portuguesa) mas não sei se se trata da mesma palavra, com grafia diferente.

Cynthia Viana Faria Universitária Goiânia, Brasil 10K

Gostaria de saber qual dos dois termos é o correto: "mancomunado", ou "macomunado"?

Obrigada.

Sílvia Silva Professora Lisboa, Portugal 11K

Peço desculpa, mas volto a insistir com a mesma questão que enviei, mas que não foi respondida, penso que pelo facto de já ter sido objecto de uma resposta.

Todavia, continuo com dúvidas em relação à mesma.

No dicionário da Porto Editora (na Internet) encontram-se registadas as formas: portefólio, porta-fólio e portfólio do inglês portfolio.

Aqui, a vossa resposta é porta-fólio. Gostava de saber se só esta é que está correcta, ou se as outras três se podem também utilizar, mas contudo dar mais preferência a porta-fólio.

Quanto ao termo vernáculo de site: o mais correcto será sítio, portal ou sítio na net?

Mais uma vez obrigada pela vossa atenção.

Madalena Fonseca Professora Lisboa, Portugal 17K

Há tantos anos que me enriqueço com o vosso site… chegou a minha vez de colocar uma questão.

(1) «Utilizo o dicionário, quando não compreendo o significado das palavras.»

(2) «Faço anotações, enquanto leio.»

(3) «Verifico a ortografia, quando tenho dúvidas.»

(4) «A compreensão torna-se mais fácil, quando o leitor coloca previamente perguntas sobre o tema do texto […].»

Bem sei que, de acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra, devemos utilizar a vírgula «para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando antepostas à principal». No entanto, parece-me que as frases acima dispensam a vírgula (pior: parece-me um erro). Aliás, na Nova Gramática, um dos exemplos a que os autores recorrem para ilustrar as orações subordinadas adverbiais temporais é «Renovaram a fogueira até que chegasse a luz da manhã.»

Deve-se ou não se deve utilizar a vírgula nestes casos?

Agradeço antecipadamente a vossa resposta e dou-vos os parabéns pelo magnífico trabalho. O Ciberdúvidas é uma pérola.

Cristina Silveira Estudante São Paulo, Portugal 43K

Parabéns pelo excelente trabalho que vocês realizam!

Minha dúvida:

«Estou a trinta quilômetros de casa.»

«Estou há trinta minutos de casa.»

«O ônibus passou há 3 minutos.»

«Estou há décadas da ditadura.»

Nessas frases, tenho dúvidas a respeito do emprego da preposição a e do verbo haver. É correto empregar a preposição para designar distâncias e empregar o verbo para fazer referência a tempo?

Quais são as formas corretas? Por quê?

Em um anúncio de uma rede de hipermercados, vi o seguinte enunciado: «Hipermercado X, daqui a 3 minutos.» Esta frase está correta? Por quê?

Quando usamos a expressão «cerca de», há alguma alteração no emprego da preposição a ou do verbo haver (exemplos: «O acidente ocorreu a cerca de 30 km de São Paulo»; «O ônibus passou há cerca de 3 minutos»)?

Muito obrigada!

Ana Madureira Actriz Carcavelos, Portugal 22K

Qual é a forma actual correcta de grafar o vocábulo "pré-existente"? "Preexistente" ou "prexistente"?

Agradeço desde já o vosso esclarecimento.