(frase de Machado de Assis)
«Vi-lhe fechar o cofre»
(frase de Machado de Assis)
(frase de Machado de Assis)
Em D. Casmurro, Machado de Assis escreve:
«Vi-lhe fechar o cofre.»
em vez de «vi-o», por conta da transitividade direta.
Achei a seguinte explicação em um site:
«Orações subordinadas objetivas diretas reduzidas de infinitivo permitem o lhe quando seguidas por um verbo que possui regência direta. Exemplo: "Vi-o fechar o cofre." "Vi-lhe fechar o cofre."»
Qual é a razão para tal uso? Encontra-se respaldo na norma culta?
Grato!
A concordância verbal com a expressão «um monte de...»
Devo dizer «Há um monte de pessoas que não são...» ou «Há um monte de pessoas que não é...»?
A concordância numa frase imperativa
Diz-se «cada um de vós fazei uma pirueta» ou «cada um de vós faça uma pirueta»?
Obrigada!
Análise da frase «é tão cedo ainda e tão tarde o que sei»
Tenho uma dúvida sobre esta frase, a qual julgo que está mal construída. Não sei o que quer dizer: «É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»
Aparece na canção "No dia seguinte", interpretada por Paulo Brissos (Festival RTP da Canção 1993), com letra de Nuno Gomes dos Santos e música de Jan Van Dijck.
Contexto: «Era tão certo o amor que eu inventei/Estava tão perto e, mesmo assim, não sei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»
Obrigado.
«Já não» e «não... mais»
Gostaria de saber quando usar de já e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».
Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de já. Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?
Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.
A expressão «tudo o resto» (II)
Esta questão já foi aqui apresentada por outro consulente e a vossa resposta foi «Penso que deve dar preferência ao uso da expressão "tudo o resto"».
Eu mantenho as minhas dúvidas, até porque quem respondeu não o fez com convicção ao usar o «penso que». Pois eu penso que deve ser «todo o resto», entendido como a totalidade da parte restante. Por exemplo, hoje, na capa de A Bola, lê-se que Fernando Santos fala «sobre a Liga das Nações e sobre tudo o resto».
No meu ver, estes dois conceitos são contraditórios: se fala sobre tudo, não sobra resto para acrescentar ao que fala. Ela fala, com certeza sobre a Liga das Nações e sobre a totalidade da parte restante (de matérias de futebol, certamente) que vão além do assunto principal.
Agradeço a vossa atenção.
«Roubaram-me os sapatos»
Será que é certo o uso da construção «roubaram-me meus sapatos».
Análise sintática da construção «referir como...»
Agradecia que me esclarecessem se esta frase está correta:
«A Rita fala com o Pedro referindo como se apaixonou pela pintura.»
A minha dúvida prende-se com a utilização do verbo referir seguido da palavra como.
Muito obrigado.
«Trabalho duro», «trabalho árduo»: solidariedades lexicais
Agradecia que me esclarecessem se as expressões «trabalho duro» e «trabalho árduo» são compostos morfossintáticos.
Muito obrigado.
«Pedir que...» vs. «pedir a alguém que...»
Gostaria de saber se a regência do verbo pedir na seguinte sentença está adequada:
«Professora é demitida por pedir que Trump retire 'alunos ilegais' de escola.»
O correto seria «...pedir a Trump que retire...»?
Grato pelo caprichoso serviço prestado.
