Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
João Guilherme Fonseca Cal González Engenheiro mecânico Costa de Caparica, Portugal 4K

A frase «Como observa-se na figura x» está correcta?

Ou devia ser «Como se observa na figura x»?

João Pardelho Aposentado Póvoa, Portugal 6K

«Já lá fora, antes de entrar no automóvel, ainda voltámos a fitar aquela magnífica construção executada pelos monges cestercienses.»

Nesta frase, devo escrever «entrar», ou «entrarmos»? (Quem ia entrar no automóvel era eu e a minha mulher.)

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 10K

Com relação à resposta 31 196, posso dizer que pequei ao não citar alguns exemplos. De qualquer maneira, poderei mencioná-los agora para confirmar que tenho razão nas ponderações que escrevi.

A) «Não, senhorita, Dile respondeu.» (O certo é: «respondeu Dile.»)

B) «Professora, ele disse aqui está o celular de Dile.» (O certo é: «disse ele.»)

C) «Professora, Dile falou com voz trêmula.» (O certo é: «falou Dile com voz trêmula.»)

O pior é que esse modismo já se está espalhando...

Muito grato!

João Pimentel Ferreira Escritor/poeta Lisboa, Portugal 15K

Sei que este espaço é um espaço dedicado à língua portuguesa, mas já li em muitos dos vossos artigos referências a transliterações ou traduções de línguas estrangeiras. Assim, e não querendo abrir precedentes para vós indesejáveis, rogava-vos veementemente apenas que me atestassem que «vera veritas» em latim é uma tradução aceitável para «a verdade verdadeira».

Mauro Noblat Estagiário Rio de Janeiro, Brasil 12K

Muito bom ter este oásis em que sábios, em sua plêiade, respondem a questões de português. Parabéns! Hoje, para economizar e-mail, tenho três perguntinhas básicas:
1 – Em «Será muito bom se você passar na prova», o se é integrante, ou condicional? Por quê?
2 – Em que casos o se não pode vir antes de infinitivo? Por quê?
3 – Em «Não é bom se dizer ao chefe a verdade», o se é integrante, ou apassivador? Por quê?

Muito grato!

Tiago Professor Braga, Portugal 6K

Penso ser pacífico afirmar que o «se» em «Dizem-se muitas asneiras em português» é uma partícula apassivante, sendo que essa frase equivale a um «São ditas muitas asneiras em português».

A minha dúvida prende-se com a identificação do sujeito e do e seu respectivo tipo (subentendido, indeterminado?) da frase na forma activa. E, presumindo que o sujeito não seja o «se» (posso estar errado), esta partícula desempenha alguma função sintáctica?

Paulo Victor Estudante São Paulo, Brasil 10K

Pelo mesmo motivo por que se diz «é hora de a onça beber água», poderia eu dizer «faz-se referência a a auditoria ter sido conduzida corretamente»?

Não sei exatamente o porquê, mas imagino que a resposta à minha indagação seja negativa. No entanto, soa-me no mínimo estranho dizer «faz-se referência à auditoria ter sido conduzida corretamente». Parece-me que, assim como na primeira frase não se junta de com a (por o verbo estar no infinitivo – aliás, olha aqui a mesma dúvida: «por o» ou pelo?), também na segunda não se deveria juntar a preposição a com o artigo a.

João Bap aposentado Belo Horizonte, Brasil 8K



Qual das seguintes frases está correta?

a) Aquele do qual enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

b) Aquele de quem enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

Alberto Manuel Sebastião Belo Educando em Língua e Literatura Portuguesa Luanda, Angola 14K

«Sentar na mesa», ou «sentar à mesa»? Se for «à mesa», porquê?

Manuela Ventura Encarregada de educação Lisboa, Portugal 8K

Na qualidade de encarregada de educação, venho colocar uma dúvida, embora acabe de ter conhecimento que o Ciberdúvidas se encontra interrompido; no excerto que se segue, como se classifica a oração sublinhada («Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados...»)?

«Os próprios pais de Amância o acharam; mas sem se atreverem a tentar qualquer pressão sobre o espírito da filha. Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados na filha de um modesto amanuense, declarando não corresponder Domingos ao seu "ideal".»

José Régio, «Os Namorados de Amância», in Contos (excerto)