que conheci no parque, é simpática»
Análise da frase «A Antonieta, uma rapariga
que conheci no parque, é simpática»
que conheci no parque, é simpática»
Numa aula, surgiu a dúvida em relação à classificação de uma das orações da seguinte frase:
«A Antonieta, uma rapariga que conheci no parque, é simpática.»
A questão prende-se com a oração entre vírgulas.
Se fosse «que conheci no parque», seria uma subordinada adjetiva relativa explicativa, mas, neste caso, como a poderei classificar?
Agradeço a ajuda.
Análise de «eu sei como resolver o problema»
Em «Eu sei como resolver o problema», «como resolver o problema» é uma oração subordinada substantiva relativa com função de complemento oblíquo?
Ou estou equivocado?
Agradecido pela ajuda
A construção «que não»
Epiphânio Dias, na sua Sintaxe histórica, pág. 277 [2.ª edição, 1933], considera a conjunção que seguida de não como causal com o valor de e, mas não alcancei o porquê; quer-me parecer que «que não» nos contextos indicados pelo autor equivale a exceto.
Pode classificar-se ainda hoje o que que aparece nesse contexto como causal, como pensa Epiphânio Dias? Pode ver-se nesse que um que relativo substituível por o qual?
Obrigado.
A classe de palavras de quando em «quando comprovada»
No período seguinte, qual o valor sintático e semântico do advérbio quando?
«Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei.»
Obrigado.
Construção de infinitivo preposicionado: «a cantar e a correr»
Na frase «Lá foram eles, a correr e a cantar», gostaria de saber como se classifica a oração «a correr e a cantar» e que função sintática desempenha, além da justificação do uso da vírgula entre ela e a oração subordinante.
Desde já, agradeço.
A negação em frases que integram uma oração causal
Qual a diferença na análise sintática entre as seguintes idênticas orações iniciadas por porque?
«Ela não foi atendida porque chegou tarde» – significando que «ela não foi atendida por causa de ter chegado tarde».
«Ela não foi atendida porque chegou tarde» – significando que «ela não foi atendida não por ter chegado tarde [mas por não ter apresentado o necessário requerimento]».
Obrigado.
«Ter mais que fazer» e «ter mais o que fazer»
Certa vez, Napoleão Mendes de Almeida, creio eu que no seu Dicionário de Questões Vernáculas, disse, do seu jeito prescritivista, que deveríamos ter bem clara a distinção entre «tenho que» e «tenho de». Segundo ele, frases como «ela afirmou que eu tinha que tomar mais cuidado» seriam mais bem formadas com o uso de «tenho de», ou seja, de forma correta escreveríamos e diríamos: «ela afirmou que eu tinha de tomar mais cuidado».
«Ter que» seria usado no sentido aqui discutido: «tenho mais que fazer».
Contudo, é fato que no Brasil quase todos dizem «tenho que fazer X» e, no caso de «tenho mais que fazer», — é o que me parece — dizem «tenho mais o que fazer».
No primeiro caso, acabamos, por coincidência ou não, convergindo no uso com o espanhol, idioma em que se diz «tengo que».
No entanto, no segundo, acabamos por criar algo próprio, ou seja, em vez de manter o «tenho mais que fazer», pusemos um o antes do que. (“Criando” porque me parece mais natural que a novidade seja nossa, já que em tanto no português europeu quanto no espanhol há a mesma forma, e a divergente é a construção brasileira.)
A pergunta é: como é que houve essa inovação no Brasil? Conseguem dar hipóteses? Terá sido uma questão fonética?
«Caso fizesses...»
A minha dúvida é a propósito da seguinte frase: «Caso fizesses a tarefa, terias nota.»
Gostava de saber se o uso da conjunção caso, nesta frase, é compatível com o verbo no pretérito imperfeito (conjuntivo).
Tenho insistentemente pesquisado a respeito deste assunto; porém o único uso que tenho encontrado como, normativamente, aceitável é: «a conjunção CASO deve ser usada com o verbo no presente do conjuntivo.»
No entanto, tenho visto pessoas a usarem-na, sistematicamente, com o pretérito imperfeito(conjuntivo). Gostava de, por favor, saber se este é um uso particular e, normativamente, reconhecido no Português Europeu. Para terminar, já tentei ler sobre o assunto aqui no vosso repertório, porém não fiquei satisfeito, ou seja, não fiquei esclarecido.
Desde já, agradeço a atenção. Votos de força nesta fase difícil por que o mundo está a passar (COVID-19).
O conector pois (II)
Enquanto pesquisava critérios de diferenciação entre orações coordenadas explicativas (OCE) e orações subordinadas adverbiais causais (OSAC), verifiquei, em uma de suas respostas no campo Consultório, que os senhores classificaram a oração «Ela estudava muito, pois desejava ser aprovada» como OCE.
Parece-me irresistível não ver nela uma relação de causa (desejar de ser aprovada) e efeito (estudar muito).
Por que ela é classificada como OCE? E como eu poderia reescrevê-la de modo a que ela se torne uma OSAC?
Por exemplo, caso o verbo “desejar” estivesse no pretérito mais-que-perfeito do indicativo (indicando que a ação de “desejar” é anterior a de “estudar”), a oração seria SAC?
Parabéns pelo excelente trabalho!
Análise sintática da frase «morder como quem beija»
(Florbela Espanca)
(Florbela Espanca)
Como dividir e classificar as orações em «Morder como quem beija!», in "Ser Poeta", de Florbela Espanca (1894-1930)?
Muito obrigado!