Estou lendo o livro Aula, de Roland Barthes, e uma palavra me travou, nem Google ajudou: reição.
O contexto é: «assim, por sua própria estrutura, a língua implica uma relação fatal de alienação. Falar, e com maior razão discorrer, não é comunicar, como se repete com demasiada frequência, é sujeitar: toda língua é uma reição generalizada» (p. 13).
Muitíssimo obrigado!
A minha pergunta é: os nomes próprios em português são traduzíveis para inglês e vice-versa?
Gostaria de obter informações da estrutura de um memorando de reunião.
Como usar corretamente assentamento? Agradecia exemplos.
O acto de remover uma cânula de traqueotomia designa-se decanulação, ou descanulação?
Ainda acerca da polémica causada por Dilma Roussef, que exigiu que a tratassem por "presidenta", julgo ter lido, algures, que as palavras terminadas em e se mantêm inalteradas em função do género. Assim, «o doente»/«a doente», «o tenente»/«a tenente», «o docente»/«a docente». No entanto, sou confrontado, muitas vezes, com «a infanta». Trata-se de uma excepção, ou de uma situação diferente?
José Maria Relvas escreve: «Para mais facilmente conhecermos se uma palavra é um substantivo, basta pôr antes dela algumas dessas palavras: um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Qualquer palavra pode ser um substantivo, desde que essa palavra esteja substantivada por alguma das palavras um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Assim: não, sim, são advérbios, mas, se dissermos: «o não», «o sim», já são substantivos; comer, cantar, são verbos, mas se dissermos: «o comer», «o cantar», já são substantivos; etc.» (Gramática Portuguesa – 2.ª Edição revista, actualizada e aumentada, Europress, 2001, pág. 21).
Realmente, quando acrescentamos os artigos, quaisquer que sejam, a uma palavra, independentemente do grupo ou classe gramatical, passa a substantivo. Por isso, os grandes linguistas aconselham que não se deve dizer o seguinte: «O peixe é para o almoço» (diferente de: «O peixe é para almoço»). Naquela, está contida a ideia de «o peixe» ser dado para o «almoço», como se este fosse um (ou uma) personagem, o que não corresponde à verdade, ao passo que, nesta, há a ideia de finalidade para a qual se destina o peixe.
Gostaria, entretanto, de saber se «o sim», «o não», «o comer», «o cantar» são substantivos comuns, ou concretos. Creio que sejam comuns, porque se escrevem em minúscula.
As grafias "pomo de Adão" e "pomo de adão" são grafias ortográficas variantes de "pomo-de-adão" existentes quanto a acepção «saliência da glândula tireoide localizada no pescoço», o mesmo que "gogó"? São grafias válidas em âmbito culto da língua portuguesa no parâmetro antedito? Ou só são grafias informais ou mesmo erradas?
E tendo em conta a pergunta acima, como fica a grafia pomo-de-adão segundo o que preconiza o AO 1990? Fica a grafia pomo-de-adão legado a notar a "árvore" e "pomo de adão", o "gogó"? Mas a grafia hifenizada não é consagrada pelo uso para ambas acepções? E se caso a grafia "pomo de Adão", grafada sem hífenes e com A maiúsculo, for legítima, ela mantém as acepções referente a "árvore" e a referente ao "gogó" inalteradamente, ou não? Aonde há cisão quanto as acepções nesses casos?
E em Portugal é pomo-de-adão sinônimo de pómulo? Mas será que isso também é assim no Brasil?, pois pômulo não quer dizer «maxila ou seio da face» ou ainda «saliência adjacente às órbitas oculares pouco acima das bochechas»? Não são portanto coisas díspares? Ou seria pómulo hiperônimo de algum ou de ambos os termos, maçã-do-rosto e pomo-de-adão, sendo que os dois termos denotam saliências presentes no corpo humano?
Agradeço qualquer mínimo esclarecimento, pois estou a carecer.
Desconheço qual o substantivo indicativo da qualidade de ser esparso. A existir ou a ser criado, como deverá(ia) ser à luz das regras morfológicas?
Enquanto estava a ler uma noticia, em inglês, deparei-me com esta expressão: «walled garden».
A expressão, no mundo da tecnologia, significa um espaço onde um provedor de conteúdos tem o controlo sobre as aplicações, sobre os conteúdos, sobre o espaço dos conteúdos, sobre a informação disponibilizada, sobre as ferramentas de desenvolvimento. Em que o utilizador tem uma liberdade restrita sobre o que pode utilizar e de como utilizar.
Podem ser exemplos de «walled garden», um provedor de Internet, a Apple, o Facebook, a Yahoo!, a Google, o Microsoft Live, etc.
A tradução existente para português é «jardim murado», mas sendo esta uma tradução literal da expressão inglesa e que nós em português não utilizamos para o conceito análogo de jardim com uma cerca à volta.
A minha dúvida será: qual é a melhor palavra ou expressão portuguesa para a expressão inglesa «walled garden»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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