DÚVIDAS

Os termos adoção e adotabilidade
A propósito do caso da jovem imigrante sem-abrigo que abandonou o filho recém-nascido num contentor do lixo [em Lisboa], ouvi o  termo adoptabilidade que, confesso, desconhecia (nem se encontra dicionarizado), mas que creio faz parte do léxico jurídico: [suponho que] "adaptabilidade", no sentido do processo legal para a adoção do bebé*. Ou seja: qual a diferença entre adoptabilidade e adoção, e em que  registo se usa um e outro? * in Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo Anotada, de Paulo Guerra.
A pronúncia do nome da letra y
Estou curiosa para saber as possíveis pronúncias atestadas para a letra y em português europeu (somente). O Portal da Língua Portuguesa traz [transcrição fonética] IPA/AFI [ˈip.si.lõ], com vogal nasal no final da palavra como a pronúncia padrão e não padrão de Lisboa. Eu e meu amigo estávamos discutindo se essa pronúncia estaria competindo com [ˈip.si.lɔn]. Qual a forma ensinada nas escolas em Portugal? Existe variação (que é o que me interessa realmente)? Encontrei dois links relevantes: 1) https://youtu.be/-Zvp8jPSSSI?t=94 2) https://youtu.be/Jlhxs_s2oz0?t=84 São materiais portugueses usados para ensinar o ABC para crianças. As pronúncias são divergentes e para mim atestam variação linguística aceitável. Qual é a opinião dos senhores? Muito obrigada!
O uso de porquê como substantivo
Considero-me razoavelmente puritano na escrita de português e algumas situações ficam-me na memória. Relembro uma aula de Português em que o meu Professor insistia no uso de substantivos como «motivo» ou «razão» em vez de «porquê». Um exemplo: «Quero saber o porquê de estares chateado» deveria-se escrever (e dizer) «Quero saber a razão/o motivo de estares chateado». Esta premissa do «não uso» da palavra «porquê» como substantivo entrou-me na cabeça e, na maioria das vezes que vejo alguém escrever ou ouço alguém dizer «o porquê», faço questão de referir o supracitado. Usar «o porquê» é menos correto? Mais feio? Obrigado!
O feminino de druida
Encontrei na web o uso de «as/umas druidas» e consultei vários dicionários para verificar o feminino de druida". Só no Priberam online encontrei druidesa ou druidisa, e o de José Pedro Machado regista druidisa. Nem no da Academia das Ciências nem no Houaiss encontrei referências. Assim, a minha questão é a seguinte: qual é o feminino de druida, e, no caso de se aceitar "druidesa" e "druidisa", alguma destas formas é preferente? Muito obrigado!
Ainda a escrita das siglas de três clubes de futebol portugueses
[A propósito da resposta A escrita das siglas de três clubes de futebol portugueses ] lamento contrariá-los, mas, o que a prática tinha consagrado durante dezenas e dezenas de anos, como se poderá comprovar na imprensa escrita existente nos respectivos jornais ou nas bibliotecas, bem como nas diversas publicações da especialidade, escrevia-se F.C. do Porto, F.C.P., como aparece na história deste clube, etc. Poderei anexar, se desejarem, diversa documentação que atesta o que escrevi. Em boa verdade, a ausência dos pontos é muito recente, por uma questão de preguiça, presumo.
O uso e o significado do galicismo plafom
Recebi uma mensagem do meu fornecedor de comunicações a dizer que esgotei o meu plafond de Internet. Não querendo entrar na discussão sobre a necessidade de usar um estrangeirismo para um conceito que tem vários equivalentes em português, a minha dúvida está em se um plafond se esgota. Sendo um plafond, literalmente, um tecto[1], a meu ver é um nível que se atinge, não um volume que se esgota. Estou certo? Muito obrigado.   [1 O consulente escreve tecto, seguindo a ortografia que esteve plenamente em vigor até 2009 em Portugal. No quadro do Acordo Ortográfico de 1990, escreve-se teto.]
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