Gostaria de saber a opinião de peritos sobre a seguinte questão:
É correcto dizer, quando referido a um grupo (o mesmo grau de formalidade nos dois casos; amigos íntimos, por exemplo):
«Vós quereis...»
«Vós ides...»
«Vós tendes...»
ou
«Vocês querem...»
«Vocês vão...»
«Vocês têm...»
Tenho para mim que a segunda opção (o tratamento por você/vocês e utilização da terceira pessoa do plural) e o desaparecimento da segunda pessoa do plural (esta é ainda, mas ironicamente, ensinada na escola básica) é uma corruptela da língua induzida pela influência brasileira. Terei razão?
Podemos ter o caso anedótico de uma professora ensinar «Nós comemos, Vós comeis, Eles comem» e rematar com «Perceberam?» em vez de «Percebestes?»?
Obrigado.
Está correto utilizarmos a partícula se na frase «Oferece-se recompensa»?
Eu gostaria de saber se existe alguma regra gramatical que determina o uso dos pronomes interrogativos que ou qual. A explicação das gramáticas normativas não estabelece a diferença entre quando se deve usar que e quando se deve usar qual. Será que nós usamos um ou outro de forma idiomática? Ou existe uma construção gramatical implícita quando se usa cada um destes pronomes?
Muito obrigado.
Agradeço antecipadamente a vossa colaboração. Indo ao ponto, gostaria que me dessem alguma informação sobre a forma de tratamento ajustada a Deus. Quando nos dirigimos a Ele, que forma de tratamento utilizar? Questiono-vos por ter notado em alguns livros religiosos uma "salada russa descomunal" como podem verificar nestas duas passagens que vos envio: «... o Seu rebanho...», «... no Teu trono...»
Volto à frase «Meu nome inicia-se com P» para fazer um breve comentário. O verbo iniciar-se, com o sentido de «ter início», só é empregado na terceira pessoa (singular ou plural). Os contra-exemplos apresentados pela Professora trazem esse verbo em acepção diferente. Se o se causa problema gramatical, considerado como pronome apassivador, a situação não é menos desconfortável quando é considerado pronome reflexo. Parece-me que a melhor identificação do se é como parte integrante do verbo. Foi essa a análise que obtive da Academia Brasileira de Letras.
Cordialmente,
Na oração «Meu nome inicia-se com P», já analisada no Ciberdúvidas, não é válido dizer que o se é partícula apassivadora? A oração dada não equivale a «Meu nome é inciado com P»? O verbo iniciar-se, com o sentido empregado («ter início»), não é conjugado somente na terceira pessoa (singular ou plural)?
Gostaria de obter informação sobre o formato de categorias sintácticas, nomeadamente a distinção entre "pro" e "PRO".
Grata pela atenção.
Gostaria que, através de exemplos, me explicitassem a diferença entre a 3.ª pessoa do singular e do plural (um só possuidor), e da 3.ª pessoa do singular e do plural (vários possuidores) dos determinantes possessivos. Que frases posso utilizar para proceder a uma clara distinção entre ambas?
Muito obrigada.
Sara Santos
Na frase «E se cada um de nós tivesse um sol só para si?» (de um recente cartaz publicitário), como sabemos se o si tem o significado de «nós mesmos» ou se significa «para você»? Julgo ser um caso eternamente ambíguo, não? Apesar de, acho, a maioria das pessoas entender a frase como sendo qualquer coisa do tipo «E se cada um de nós tivesse um sol para cada um de nós mesmos?».
Obrigado.
A minha questão é simples: [em Portugal] a utilização do pronome pessoal você por um aluno dirigindo-se a um professor revela falta de educação, «é feio»? Por exemplo, na frase «Você pode-me explicar novamente o trabalho?» ou «Professora, você pode chegar aqui?».
A minha pergunta deve-se ao facto de observar grande parte dos meus colegas incomodados quando tratados dessa forma e, sinceramente, não vejo razões para isso.
Provavelmente, por ter vivido muito tempo no estrangeiro, onde tirei o meu curso superior... Contudo, verifico que na televisão o uso deste pronome surge com muita frequência em debates, por exemplo, em que o entrevistador (Judite de Sousa) trata por "você" os seus entrevistados.
Grata por uma resposta.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações