Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
José Rafael Nascimento Professor São Facundo, Abrantes, Portugal 1K

Usa-se correntemente a expressão «imagino o que não...» (terá dito, terá custado, etc.)

Gostava de saber qual é a lógica desta expressão, pois o mais correcto parece ser «imagino o que...».

 

O consulente segue a norma ortográfica de 45.

Fernando de Carvalho Tradutor João Pessoa, Brasil 865

Como de fato se escrevem as palavras "Fulani", "Fiji", "Mali", "Bali", "Omani", "Origami", "Tsunami", "Maori", "Hindi", "Bengali", "Somali", já que parece que todas são paroxítonas, embora não tenham acento?

Obrigado.

P.S.– Parabéns a todos que fazem este excelente trabalho no Ciberdúvidas, que é um dos grandes baluartes atuais de nossa língua!

Maria Teresa Dangerfield Tradutora Londres, Inglaterra 946

Qual destas sequências, se alguma, está correta?

«Uma colcha branca de algodão, com cheiro a lavado», ou «uma colcha branca de algodão, com cheiro a lavada»?

Bem hajam! 

André Torres Bloguer Torres Vedras, Portugal 1K

Em 1945 o gentílico «torreense» desapareceu. Uma palavra que está registada na história de Torres Vedras. Mas nos escritos nacionais atuais não existe e é considerado um erro. Porquê não voltar a colocá-la no dicionário?

Este “erro” nos dias de hoje ainda existe. Dá nome ao clube de futebol da cidade, dá nome a várias empresas desta terra e relembra as bandas, a filarmónica, os refrigerantes e tantas outras empresas que atualmente já não existem. Reforço, porquê não voltar a colocar esta palavra com história no dicionário? De acordo com o ponto C da alínea 2 da base V do Acordo Ortográfico de 1990, estabelecia desta forma as grafias: “goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]”.

É curioso que sineense, (também uma palavra com história local), atualmente existe no dicionário e também é considerada nos escritos nacionais atuais um dos gentílicos de Sines. Torreense, uma palavra com história e memória local, é atualmente uma palavra sem significado e inexistente nos escritos nacionais atuais.

Aguardo uma resposta. Obrigado.

João Pedro Matos Santos Estudante Anagé, Brasil 1K

É possível misturar os pronomes vós e você/vocês em frases como estas?

I. Preparem-vos.

II. Não vos subestime.

Gelson Juraszck Professor de História Frederico Westphalen, Brasil 934

Qual seria a definição correta de teodidata?

Rodrigo Muñoz Rojas Estudante Santiago do Chile, Chile 1K

Sempre grato pelo vosso trabalho, venho por este meio novamente pedir esclarecimento a uma dúvida gramatical que me surgiu.

Estou a fazer um exercício sobre o uso da estrutura estar + a + infinitivo, para ações em processo.

Há um caso particular em que devo utilizar o verbo pronominal vestir-se. A minha primeira resposta foi «nós estamos a nos vestir», pois, segundo o que estudei antes, a presença da preposição a exige que o pronome esteja antes do verbo. Contudo, a correção do livro mostra «nós estamos a vestir-nos».

Assim sendo, qual é a posição correta do elemento pronominal em dita estrutura?

Desde já, obrigadíssimo pela ajuda.

Duarte Manuel Alves Domingues Agricultor Valpaços – Lampaça, Portugal 2K

Tenho visto em alguns blogues a palavra «Eu nata de vila Real/Bragança, etc.».

Gostava de saber se esta palavra é de dois géneros.

Nos dicionários que consultei só me aparece nato no masculino. Sei que em latim tem dois géneros...

Obrigado.

Hélder Carvalho Docente Lisboa, Portugal 837

Gostaria de saber se a vírgula é sempre obrigatória nos casos em que se pretende subentender o verbo, ou se, quando o resultado é dúbio, se pode prescindir dela. Por exemplo:

«Odeio algumas pessoas, como tu, racistas.»

O que se quer dizer é que X odeia algumas pessoas da mesma forma que Y odeia racistas. Mas, com a vírgula a subentender o verbo «odiar» não poderá a frase passar a ideia de que X odeia algumas pessoas, como por exemplo a pessoa Y e racistas?

Poderia ser correcto, neste caso, grafar a frase assim: «Odeio algumas pessoas, como tu racistas»?

Obrigado.

 

O consulente escreve de de acordo com a norma ortográfica de 1945.

Daniel Santos Revisor Lisboa, Portugal 1K

Gostaria de saber se, em frases como as a seguir exemplificadas, o verbo deve ser conjugado no plural ou no singular:

À medida que cidade após cidade iam caindo... / À medida que cidade após cidade ia caindo...

Geração após geração de professores acreditavam que... / Geração após geração de professores acreditava que...

Estudo após estudo demonstrou que... / Estudo após estudo demonstraram que...

Vieram geração após geração de... / Veio geração após geração de...

Obrigado.