Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Ana Soares Professora Paris, França 15K

A expressão «até logo» tem o mesmo sentido em português europeu e em brasileiro?

Grata pela vossa atenção.

Guilhermina Rebocho Professora Évora, Portugal 9K

Trabalho actualmente num CNO [Centro Novas Oportunidades] e RVCC [Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências] e vou acompanhar um adulto brasileiro num processo de RVCC. Naturalmente, esse adulto utiliza a variante brasileira do português. Segundo informação verbal da Agência Nacional para a Qualificação, este adulto deverá passar a utilizar a variante europeia do português no desenvolvimento do processo. Sou da opinião que, sendo a sua língua materna o português — não interessa a variante — ele não deverá ser obrigado usar a variante europeia.

Gostaria de ver esclarecido o estatuto da variante que os brasileiros falam quando se encontram em Portugal: língua materna, língua segunda ou português língua não materna. Recordo que o Referencial de Competências-Chave só fala em «língua portuguesa e língua estrangeira», não mencionando qualquer variante específica. Por essa razão, e tendo em conta as três possibilidades anteriores, só consigo considerar a variante desses adultos como língua materna e não vejo por que razão devam ser obrigados a usar a nossa variante. Antecipadamente grata.

Carlos Marques Professor Silves, Portugal 8K

Agradecia informação sobre a possível existência de:

Dicionário de dizeres transmontanos

Dicionário de açorianismos

Dicionário da gíria popular

Dicionário de termos antigos

Tenho pesquisado na Internet, mas não encontrei menção a editores que possa contactar para adquirir as obras.

Cf. As dez línguas de Portugal

Luciano Eduardo de Oliveira Professor Botucatu, Brasil 4K

[Ainda a respeito de stem cells] Pelo menos no Brasil usa-se célula-tronco, como se pode ver nesta página da Wikipédia.

Válter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 7K

Com o respeito que tenho pelos prezados consultores, conhecedores que são do português culto, gostaria de externar que não concordo com o comentário de C. M./C. R., na resposta dada em 16/01/2009 com o título "Eu vi-os, ele e a mãe, entrarem na igreja". Não obstante ser o ensino uma área em que os governos – municipais, estaduais e Federal – pouco investem ou se preocupam no Brasil, não é verdade e não se pode generalizar que dizer "Eu vi ELE e a mãe dele entrarem na igreja" é uma forma aceita no português brasileiro. Desde a infância ouço a frase "Eu VI ELA", como exemplo de que não se pode usar o pronome pessoal como objeto direto, pois além de não ser correto, nesse exemplo ainda soa mal, já que VIELA é uma rua estreita ou beco. Creio que coloquialmente ainda sejam usadas, mas sempre há alguém por perto a repreender o interlocutor de tais frases. Dizer, mesmo entre parênteses, que tais frases são aceitas no português brasileiro soa menos como verdade e mais como preconceito, como se todos os brasileiros falassem ou escrevessem muito mal.

É a minha humilde e sincera opinião, a qual em nada faz desmerecer o brilhante trabalho desenvolvido pelo Ciberdúvidas, que é um espaço democrático e aberto ao diálogo e às contestações.

Grato pela oportunidade.

Cláudia Ramos Tradutora Lisboa, Portugal 5K

Obrigada por existirem, vocês são mesmo o meu mais precioso SOS, uma das mais importantes muletas no meu trabalho!

Deixo aqui uma breve chamada de atenção que me parece digna de registo e realce: Toda a gente usa a expressão «essa é de descasca pessegueiro». Erro crasso, visto que o correcto é «essa é de escacha-pessegueiro». Escacha, do verbo escachar, que significa «partir», «rachar», em dialecto trasmontano, ou «rasgar», em dialecto açoriano (neste último caso, o mesmo que «esgarçar»). Fiquei estupefacta quando, ao pesquisar na Net, não encontrei absolutamente nenhuma referência a este erro, tão comum entre nós, nem sequer ao uso da expressão correcta, apenas uma breve referência no site da MorDebe. Curioso... Aqui vos deixo o alerta para que possam introduzir o esclarecimento que achem mas adequado no vosso site.

Obrigada e abraços de uma enorme fã!

Alfredo Borges Guigou Estudante Turim, Itália 10K

Sou um estudante italiano de língua portuguesa que mora em Turim. Estou a traduzir para o italiano um conto de Mia Couto, escritor moçambicano. Encontrei na sua escrita uma série de palavras que eu acho que são criadas pelo autor, mas ouvi que estas palavras existem no "português de Moçambique":

"barafundido", "esvoar", "desarpoar", "estonteação", "estrelinhar", "cabistonto", "pilha-patos", "voações", "eclatar", "desacudidas"

Dado que cá em Turim não é possível encontrar um dicionário das línguas africanas, pediria para vocês uma confirmação da existência ou um conselho do livro que deveria consultar.

Muito obrigado.

Tiago Almeida Designer Recife, Brasil 5K

O termo logomarca sempre foi utilizado em Portugal, ou é mais uma invenção brasileira (equivocada) exportada para a terrinha?

Eduardo Aroso Professor Coimbra, Portugal 7K

Não encontro a palavra corcodoa em nenhum dicionário, incluindo o Houaiss. No entanto, sempre a ouvi pronunciar na aldeia onde fui criado e já depois em toda a zona centro de Portugal. A palavra refere-se à casca de pinheiro.

Agradecido, desde já, pela atenção.

Cátia da Ribeira Estudante universitária Setúbal, Portugal 4K

Eu sou uma leitora assídua do vosso site e antes de mais queria-vos dizer que já me ajudaram muito nestes tempos de vida académica sempre que preciso de uma ajuda no domínio da nossa língua. Neste momento queria-vos pedir ajuda para uma questão: eu gostava de saber que informações têm acerca da linguagem jovem, a linguagem que hoje em dia os jovens adoptam, não contando no entanto com a linguagem de Internet e SMS; eu falo de linguagem na oralidade. Ficava bastante agradecida se me ajudassem nesse assunto.

Desde já um muito obrigado!