Na consulta a Sandra Duarte Tavares, em 14/02/2012, sob o título Análise de «Veja(m)-se as seguintes...», estranhei a resposta. No Brasil só admitimos o plural, considerando que se trata de voz passiva analítica, em que o sujeito é «as seguintes», e a partícula se é pronome apassivador.
Humildemente e no meu fraco entender a respeito de outras possibilidades, quero saber qual seria a função da partícula se no caso de usarmos o singular «Veja-se as seguintes».
Na frase «Firmino protegeu os pássaros», qual a função sintática de «os pássaros»?
Como analisar sintaticamente a frase «Eles tornaram-se inseparáveis»?
«Inseparáveis» = predicativo do sujeito? «Se» = ?
Na frase «Ninguém esperava que o candidato pudesse vencer a eleição», qual a classificação da oração subordinada?
Prezados, há uma dúvida muito grande no mundo jurídico no que se refere à correta regência/flexão do verbo ver quando utilizado nas seguintes frases: «Veja-se as seguintes transcrições doutrinárias» ou «Vejam-se as seguintes transcrições doutrinárias».
A primeira pergunta é: está correta a utilização do verbo na frase com a partícula se (ou seja, o correto seria «veja-se», ou «veja»)?
A segunda pergunta: qual é a flexão correta no exemplo dado, «veja-se», ou «vejam-se»?
O esclarecimento dessas dúvidas, por certo, ajudará diversos juristas que labutam na advocacia diária, bem como os magistrados.
Como se classifica morfologicamente a palavra pé na seguinte frase: «Alguns fugiram a pé, abandonando as suas armas e armaduras para correrem mais depressa»?
Depois de ler vários exemplos, para além da própria definição que o Dicionário Terminológico apresenta, não consigo discernir o melhor modo como explicar aos meus alunos a diferença entre um modificador de frase e um modificador de grupo verbal. Poder-me-ão ajudar nesta tarefa?
Antes de tudo, quero manifestar minha satisfação e agradecimento pelo precioso trabalho prestado pela equipe de mestres do Ciberdúvidas.
Ao fazer análise sintática de um texto bíblico, deparei-me com uma dificuldade, talvez motivada pelo fato de ser eu ainda um neófito nos estudos da língua portuguesa. Por isso decidi pedir ajuda.
No texto «Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que recebeste, seja anátema» (Gl 1:9), como devo classificar a estrutura «além do»? No primeiro momento, pareceu-me referir-se a uma locução prepositiva acrescida de pronome demonstrativo o (aquele).
Entretanto, logo me surgiram dois problemas: se a referida estrutura é uma locução prepositiva, qual a função sintática do pronome demonstrativo o? E, se de fato é assim, quais os termos relacionados pela locução, antecedente e consequente, os quais, segundo Cunha e Cintra, possuem o status de ser completado e completar, ou explicar e ser explicado, respectivamente?
Peço-vos a vossa solicitude e atenção. Certo disso, desde já agradeço vossos preciosos préstimos, úteis a milhares que se alimentam diariamente de tão indispensável conhecimento.
No estudo das palavras compostas numa turma do 5.º ano de escolaridade, surgiu a seguinte dúvida: uma vez que, ao abrigo do novo acordo ortográfico, nas palavras como fim-de-semana, cor-de-vinho ou fios-de-ovos suprime-se a grafia do hífen, considera-se, da mesma forma, que são palavras compostas, ou a terminologia é deferente? Tenho a impressão de que os alunos poderão perder, de certa forma, a noção de palavra se classificar, por exemplo, fim de semana como uma palavra composta. Desde já agradeço a vossa colaboração.
Relativamente ao Dicionário Terminológico, que é o documento orientador do Conhecimento Explícito da Língua, muitas dúvidas me têm inquietado, sobretudo no que se refere aos constituintes selecionados pelo nome, quando se trata de um grupo preposicional, iniciado por de, pelo facto de esse grupo poder exercer sintaticamente a função de complemento do nome ou modificador restritivo do nome.
Tendo em conta o contexto (perspetiva inerente ao CEL), eu questiono se o mesmo grupo preposicional pode mudar de função sintática em função do dito contexto, como acontece no grupo verbal (complemento oblíquo/modificador do grupo verbal). Concretizando, na frase: «A cidade de Viana do Castelo localiza-se na região do Minho», o grupo «de Viana do Castelo» é complemento do nome, ou modificador restritivo? A mim parece-me que a palavra cidade exige/seleciona, neste contexto, um complemento, logo seria complemento de nome. Porém, na frase: «Eu vou à cidade de Viana do Castelo», o mesmo complemento me parece dispensável, ou seja, o nome cidade não o exige, o que me leva a pensar que é modificador restritivo, pelo facto de a aceção do nome cidade ser diferente, já que, no segundo caso, o significado de cidade pode ser antónimo de aldeia (e não repartição administrativa, como na primeira situação).
Ainda a este propósito, considera-se que o grupo preposicional «de gravuras» na frase «Gostei do livro de gravuras» é modificador, ou complemento do nome?
Já detetei versões diferentes em livros/gramáticas. E na frase «Coloquei o livro de gravuras na estante», a função é a mesma?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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