Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Emerson Werneck Tradutor Brasília, Brasil 4K

Está correto o seguinte trecho? Me parece redundante.

«... o Brasil se torna tão perfeito quanto já o é no mundo da Imagem Verdadeira».

Natália Martins Estudante Porto Alegre, Brasil 12K

Qual a diferença entre morfema e palavra?

Maria Isabel Baltasar estudante Porto, Portugal 5K

Estando em terra, chego ao Céu voando;

num’ hora acho mil anos, e é de jeito

que em mil anos não posso achar um´ hora.

Camões

Solicitava o favor de me esclarecer quanto à classificação da oração «que em mil anos não posso achar um´ hora».

Custódia Fernandes Professora Viana do Castelo, Portugal 6K

Na frase «Restam-nos o mar universal e a saudade» (Pessoa), qual a função sintática do constituinte «o mar universal e a saudade»?

Pedro Cabral Estudante Lisboa, Portugal 3K

Estou neste momento a estudar o código da estrada (para tirar a carta de condução) e ao responder a um teste de preparação (composto pelas mesmas perguntas que podem constar num exame) deparei-me com uma pergunta que julgo que contém um erro de português. A pergunta é muito simples, sobre a condução sob o efeito de álcool, e qualquer pessoa deve conseguir responder, mesmo sem estudar o código. Tenho a certeza de que ela está incorrecta, mas gostaria de ter a confirmação de alguém com autoridade. A questão do teste era a seguinte:

A ingestão de bebidas alcoólicas pode provocar no condutor um falso estado de euforia e confiança, o que o leva a:

a) Conduzir com maior segurança.

b) Necessitar de menos tempo para reagir.

c) Sobrevalorizar as suas capacidades e minimizar o risco de acidente.

A resposta correcta, segundo o teste, é a terceira. Mas parece-me que, ao completarmos a frase com a terceira opção, estamos a dizer que o álcool, além de levar o condutor a sobrevalorizar as suas capacidades, leva-o a minimizar o risco de acidente; o que, obviamente, é falso. Queria então saber se a resposta c) diz ou não aquilo que quem elaborou a pergunta pretende que diga.

Já agora, pergunto também se a resposta a) não poderia estar certa, por implicar que o condutor conduz com maior segurança de si próprio (e não segurança rodoviária).

Ana Antunes Estudante Porto, Portugal 26K

Surgiu uma dúvida na classificação das orações: «Quantos rostos ali se vêem sem cor,/Que ao coração acode o sangue amigo!» (Canto IV, estância 29) A segunda oração é causal, ou consecutiva?

Rogério Silva Estudante Macau, China 21K

Qual a diferença entre cópia, falsificação, imitação e contrafação?

Porque é que dizemos que um CD é uma cópia deste, mas uma jóia é uma falsificação? Porquê que dizemos roupa de contrafação e não de imitação? A atribuição destes nomes depende do objecto que identificam?

Ana Antunes Professora Lisboa, Portugal 10K

«Vamos lá experimentar isso.»

Esta frase pode considerar-se declarativa ou imperativa?

Maria Duarte Professora Lisboa, Portugal 13K

Verifiquei que formulei mal a pergunta que coloquei anteriormente. As dúvidas são as seguintes:

1. Qual a diferença entre a conjunção coordenativa explicativa pois e a conjunção coordenativa conclusiva pois?

2. Pois pode também ser uma conjunção subordinativa causal?

3. Porque pode ser considerada uma conjunção coordenativa explicativa? Se sim, em que medida é diferente da conjunção subordinativa causal porque?

4. Encontrei uma explicação, segundo a qual a diferença entre uma coordenativa explicativa e uma subordinativa causal estaria no verbo, sendo que, quando este estiver no imperativo, a conjunção será do 1.º tipo (por exemplo: «Fecha a porta, porque faz frio»). Confirmam-no?

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 8K

Sempre estudei que a gramática e o bom senso nunca abonaram a construção se (com função de sujeito) e o pronome o e suas flexões a, os e as (objeto direto), por ser contrária à índole da língua portuguesa.

Uma questão de concurso público, entretanto, afirmou que a construção «podem ser descritas» equivale à construção «pode-se descrevê-las».

Ora, esta última maneira de construir fere precisamente a norma gramatical supramencionada, porquanto o pronome se está claramente exercendo a função de sujeito da locução verbal ou conjugação perifrástica «pode descrever». Conforme tudo o que pude equilibradamente compreender ao longo de mais de vinte anos de dedicação a estudos gramaticais, o modo correto de escrever o equivalente a «podem ser descritas» é «podem-se descrever» ou «podem descrever-se».

O torneio «pode-se descrevê-las», além de agredir hediondamente a tradição gramatical e o gênio da língua portuguesa estreme, não me parece nada passivo, uma vez que o se (função francesa) está desempenhando a função de sujeito, o que vai também de encontro à origem do idioma português (o se do latim não exercia a função nominativa).

Importa-me saber a vossa opinião a respeito dessas considerações.