O que é mais correcto: «o resultado das entrevista individuais», ou «os resultados das entrevistas individuais»?
Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca escreveu que os brasileiros usam dígrafo com o significado de duas letras que representam um único fonema.
Não me parece que sejam só os brasileiros a dar a dígrafo esse significado. Se assim fosse, certamente a palavra não teria sido usada na Base I do Acordo Ortográfico.
As expressões futsal e futebol de salão designam a mesma realidade desportiva?
Sempre achei que sim, mas hoje em conversa com amigos um deles mencionou que não se tratava do mesmo desporto.
Obrigada.
Tenho algumas dúvidas relativamente à análise destas duas frases no que respeita à voz passiva.
1.ª — «Todos os movimentos são cuidadosamente calculados.»
Eu considero aqui que estamos na presença da voz passiva, resultante da construção verbo ser + particípio passado. Por favor, corrijam-me se estou errada.
Relativamente ao verbo ser, o seu estatuto aqui é de verbo semiauxiliar?
2.ª — «Deixou de haver bons cristãos e malvados palestinianos.»
O que devo considerar? Que se encontra na voz activa, dada a ausência de particípio passado?
No que refere à identificação do complemento directo, é aqui possível a aplicação do critério sintáctico da pronominalização? Parece que não soa muito bem dizer «Deixou de havê-los».
Muito grata pela atenção dispensada.
Como fica a negativa da frase «Chegou o dia em que o Manuel teve de ir para a escola»?
Em uma placa de sinalização rodoviária, que frase está correta e porquê?
«Retorno
«Mantenha a esquerda»,
ou
«Retorno
«Mantenha-se a esquerda?»
Enfim, uso o pronome ou não, e o a tem crase ou não?
Grato.
Poderei usar o singular quando me refiro a uvas?
Por exemplo:
«Qual foi a tua sobremesa?»
«Comi uva.»
Ou o único uso correcto será dizer «Comi uvas»?
Gostaria de poder fazer uma tréplica em relação à construção «A ou B, complementando com C». A dúvida original não foi solucionada pela construção lógica [ARBITRARIAMENTE] utilizada. A questão é exatamente saber que construção lógica adotar:
(A V B) Λ C ou A V (B Λ C)
Ora, substituindo-se a vírgula pela conjunção aditiva e (Cunha e Cintra), a estrutura da frase «A ou B, complementando com C» ficará:
A V B Λ C
Para a lógica booleana, o conectivo ou (V) equivale ao sinal de adição (+) e o conectivo e (Λ), ao de multiplicação (.). A partir daí, vale a regra de prioridade das operações fundamentais envolvidas numa expressão matemática: a multiplicação tem prioridade sobre a adição. Logo, a expressão A V B Λ C se reduzirá a:
A + B.C
Em conclusão, C só se aplica a B. Não cabe qualquer dúvidda quanto a isso. Quem estudou lógica booleana e trabalhou com circuitos integrados TTL sabe muito bem disso. Podemos afirmar com toda certeza que a construção em debate corresponde ao circuito eletrônico assim formado:
Uma porta OR (em inglês) que tem por entradas o valor A e o resultado de B AND C.
Noutros termos, somente oficiais aviadores terão de atender às opções 1, 2 ou 3 (a uma ou a mais de uma).
P. S.: Além do mais, no caso concreto, não haveria sentido em distinguir oficiais aviadores dos demais candidatos de nível superior (utilizando um OU). Em todo caso, espero ter sido esclarecida a confusão com os argumentos acima. O debate até agora foi muito esclarecedor para mim. O que vocês acham?
Os meus cumprimentos pelo vosso excelente trabalho, cujos resultados aprecio diariamente e diariamente me são úteis.
A dúvida que gostava de ver esclarecida relaciona-se com a utilização frequente, e a meu ver errada, do termo continuidade em vez de continuação: «F. é a favor da continuidade do treinador»; «Não há condições para a continuidade de S. em funções». Em ambos os casos parece-me que o termo certo é continuação, devendo continuidade ser utilizado quando se pretenda falar da capacidade/qualidade de continuar: «Vai ser um trabalho na continuidade do anterior».
Será assim?
Os meus agradecimentos.
Agradeço me informem o significado da expressão «fadas do lar» e sua origem.
Obrigado.
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