Pode dizer-se «perder a "transmontana"» em vez de «perder a tramontana»? A dúvida surgiu-me por ter encontrado a expressão explicada no site proz.com. Apesar de eu considerar erro e de apenas encontrar nos dicionários portugueses a expressão «perder a tramontana», gostaria de uma opinião vossa.
Obrigada
Gostava que me explicassem a forma de aplicar nos ou em no caso de me referir a uma aldeia. Neste caso a aldeia tem por nome Foios e algumas pessoas dizem «...em Foios vai realizar-se...» e outros «...nos Foios vai realizar-se....».
Qual é a maneira correta e poderão aplicar-se as duas formas?
Obrigado.
Face a divergentes opiniões, e após ter consultado o Dicionário de Língua Portuguesa da Academia, gostaria que me elucidassem sobre o processo de formação da palavra desunhar, que, segundo aprendi, é prefixo des + unha + sufixo ar, tal como está no referido dicionário.
Será, então, uma palavra derivada por prefixação e por sufixação, ou tem outra classificação?
Agradeço antecipadamente a vossa disponibilidade e as vossa lições.
Esta questão foi-me colocada por um estrangeiro que está a aprender português.
Na frase «tu nunca _____ fome», o verbo ter pode ser conjugado tanto no pretérito perfeito (p.p.) como no pretérito imperfeito (p.i.), tendo as frases resultantes significados diferentes:
«Tu nunca tinhas fome.»(p.i.) – entendo esta frase como: «Nesse período em particular tu não passaste fome» – vs «Tu nunca tiveste fome» (p.p.) – entendo esta frase como: "Tu nunca passaste fome na vida."
Neste caso, aparentemente, o pretérito imperfeito define um período específico, enquanto o pretérito perfeito se refere a um período indefinido de tempo. Tenho, portanto, bastante dificuldade em explicar o que se está aqui a passar gramaticalmente.
Podem esclarecer-me esta dúvida, por favor?
"Participativo".
1. A palavra existe na Língua Portuguesa?
2. Será um neologismo? Quando passou a fazer parte do vocabulário da Língua?
Só a conheci, por volta dos anos 80, como calinada dos professores do Ensino Básico (mesmo os de Língua Portuguesa) que a empregavam ao avaliar a participação dos seus alunos nas actividades lectivas.
Deparei-me ultimamente com a expressão «orçamento participativo». Se a palavra "participativo" é o adjectivo que os professores usavam na avaliação dos alunos, pergunto: o orçamento participa em quê?
Obrigado.
[O consulente escreve conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico atualmente em vigor]
Gostaria de saber se o verbo explorar no sentido de «pesquisar; investigar» tem a mesma raiz que explorar no sentido de «usar outrem ou algo para auferir algum benefício».
Na frase «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?», não é obrigatório escrever o verbo , neste caso, ser (é ou foi)?
Desejava saber se o advérbio de negação desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal.
Por exemplo:
«Eu não o tenho visto ultimamente.»
Análise sintática: «Eu» – sujeito simples; «não o tenho visto ultimamente» - predicado; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal (O advérbio não não desempenha nenhuma função sintática.)
ou
«(…) não» – modificador do grupo verbal; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal
A minha dúvida advém do seguinte:
1. Os modificadores do grupo verbal dão-nos informações acessórias sobre a realização da ação, isto é, indicam-nos as circunstâncias da realização da ação (como os antigos complementos circunstanciais);
2. Nunca vi na antiga terminologia gramatical um complemento circunstancial de negação;
3. Na verdade, com um não não estamos a modificar a ação/dar informação sobre as circunstâncias da realização da ação – estamos apenas a negar essa ação (frase afirmativa vs. frase negativa). Será que “negar a ação” é “modificá-la”? Se se considerar que estamos a “modificá-la”, não existe aqui uma certa confusão conceptual?
Consultei o Dicionário Terminológico (DT), que nos apresenta o seguinte, a propósito do advérbio de negação: «Advérbio de negação Advérbio cujo significado contribui para reverter o valor de verdade de uma frase afirmativa ou para negar um constituinte. Este advérbio pode ser um modificador do grupo verbal ou de um constituinte do grupo verbal.»
Negação frásica:
(i) O João [não] comprou flores à Ana.
[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «não comprou flores à Ana» – predicado; «não» – modificador do grupo verbal (???); «flores» – complemento direto; à Ana – complemento indireto]
Negação de constituinte:
(iii) O João [comprou à Ana ontem [não flores]], mas livros. (modifica o grupo nominal complemento direto)
[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «comprou à Ana ontem não flores, mas livros» – predicado; «à Ana» – complemento indireto; «ontem» – modificador do grupo verbal; «não flores, mas livros» – complemento direto]
O não fica de fora. Ficará também de fora na frase de cima (i).
Parece-me haver nesta entrada do DT um conceito diferente de “modificador do grupo verbal”…
Obrigada pela atenção concedida.
Existe a palavra "confinamento" no português europeu?
Obrigada.
Pretendo esclarecer se o nome alimentação é contável ou não contável.
Obrigada.
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