Diz-se, por exemplo, de Ionesco, e de outros cultivadores do absurdo, que ele era um patafísico... Que significa exactamente o termo em português? Não o encontrei em nenhum dos dicionários que consultei. Numa busca na Net fiquei ainda mais confuso.
Agradeço o esclarecimento.
Por que José Saramago escreve “tribu” e “íman” em suas obras? Essas grafias são corretas em Portugal? A primeira principalmente me chama mais atenção, porque seria obrigado a pronunciá-la como oxítona, bem diferente da paroxítona “tribo”.
Podiam-me por favor dizer o que é um texto épico-lirico e um texto épico?
Sou professora de Língua Portuguesa e já não é a primeira vez que encontro, em alguns manuais, o vocativo referido como uma figura de estilo. Pode ser ou não? Em que situações?
Grata pela vossa disponibilidade e confiando no vosso excelente apoio.
Ao ler uma composição de Camões, deparei-me com a expressão «dar porrada de cego». Gostava de saber se é uma expressão idiomática.
Além disto, há algum dicionário dos termos utilizados por Camões?
Agradeço a atenção e envio a composição.
A este moto seu:
Venceu-me Amor, não o nego;
tem mais força qu'eu assaz;
que, como é cego e rapaz
dá-me porrada de cego!
Volta
Só porque é rapaz ruim,
dei-lhe um bofete, zombando;
diz-me: – Ó mau, estais-me dando
porque sois maior que mim?
Pois se eu vos descarrego...
em dizendo isto, chaz!
torna-m' outra. Tá! rapaz,
que dás porrada de cego!
Camões
Muito obrigada.
O que devo estudar quando o tema é «Sentido próprio e figurado das palavras»?
Sendo o diálogo um modo de expressão cuja função varia tendo em conta diversos aspectos, nomeadamente nas obras narrativas, gostaria de saber se o discurso directo utilizado por uma personagem (sendo este o único, o qual culmina a acção) pode ser considerado diálogo, uma vez que não existe senão uma última observação do narrador que nos dá conta da reacção do "público". Refiro-me, especificamente, à última e única fala do conto de Eça de Queirós A Aia
(«– Salvei o meu príncipe, e agora vou dar de mamar ao meu filho!»).
Aguardando a vossa resposta.
Hoje é muito comum utilizar a palavra «surreal» em vez de «surrealista». Esta última utiliza-se para referir o ideário, a primeira utiliza-se de forma quase indistinta para falar de algo muito estranho, invulgar. Não encontro a palavra «surreal» em nenhum dicionário e creio que se trata de mais uma influência do inglês. Faz algum sentido utilizar este anglicismo quando «surrealismo»/«surrealista» são termos perfeitamente adequados?
A minha dúvida é: o que é o estilo barroco?
Gostaria que me explicassem o que são exclamações e interrogações retóricas.
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