A expressão «inspirar às golfadas» existe? Os dicionários definem «golfada» como um jorro de vómito ou de líquido, mas julgo ter ouvido a expressão «inspirar às golfadas» no sentido de respirar sofregamente, em aflição. A expressão é correcta? E, se não é, há alguma que seja do nosso uso?
Muito obrigado.
"Prova modelo", ou "prova-modelo? Encontrei as duas formas escritas. Gostaria de saber qual delas é a correta e porquê.
Obrigada.
Conheço o significado de oblato(a), no sentido de «devoção/entrega sacra, pessoal, a uma entidade divina»; aliás, é termo muito comum no caso de religiosas, pelo menos na religião cristã. Assim, foi com surpresa que encontrei aquele vocábulo no sentido de «oblongo», conforme consta de um livro recente (nov. de 2015), Explicar o Mundo, de Steven Weinberg, da Editora Marcador, tradução de Francisco Silva Pereira. Não se tratará, certamente, de uma gralha tipográfica, pois aparece várias vezes no texto, sempre que se refere à não esfericidade da Terra (maior raio equatorial, do que a outras latitudes), e portanto com o sentido de esferoide alongado. Será que, presentemente, esta configuração física de um sólido esferoide também se chama oblata(o)? Pelo menos não consta de todos os dicionários que consultei; o que, contudo, não excluo ser um novo significado; muito recente.
Agradecido pela vossa sempre douta disponibilidade de esclarecimento.
Existe o verbo "estremingar" em português?
Obrigada.
Cresci a ouvir a palavra acadar como sinónimo de apanhar; ex.: «Ela põe a bacia a acadar a água que pinga do telhado.» Para minha surpresa, não encontro no dicionário esse vocábulo. Porque será?...
Numa troca de ideias surgiram opiniões diferentes quanto à palavra agarra na expressão «agarra, que é ladrão!». Pode, ou não, ser considerada uma interjeição neste contexto?
Obrigada.
Qual dos dois termos é o mais correto: executável, ou exequível?
Por exemplo: «Este projeto não se revelou...»
Gostaria de saber a etimologia da palavra eletrólito.
Obrigada.
Gostaria de saber o significado da palavra atacadista.
Obrigada.
Gostaria de saber qual é o galicismo existente no trecho abaixo transcrito, extraído da obra Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco (1825-1890):
«Paula fitou-me e coçou a testa com o leque. Noutro intervalo da dança continuei: Por que não respondeu à minha carta? Era impossível. Eu já dei o meu coração. Por delicadeza lhe não devolvi a sua carta, e peço-lhe que me não escreva outra, que me compromete, respondeu ela. Não me soou bem este galicismo dos lábios de Paula. Eu, em todas as situações da minha vida, quando vejo a língua dos Barros e dos Lucenas comprometida, dou razão ao filósofo francês que, à hora da morte, emendava um solicismo da criada, protestando defender até ao último respiro os foros da Língua. E com que admiração eu leio aquilo do gramático Dumarsais, que, em trances finais de vida, exclamava: "Hélas! Je m'en vais... ou je m'en vas... car je crois toujours que l'un et l’autre se dit ou se disent!"»
Muito obrigado pela atenção dispensada.
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