Há já algum tempo que frequento o vosso site, e agora que me surgiu uma dúvida gostaria de colocá-la aqui. A dúvida é a seguinte: com a expressão temporal agora, podem seguir-se verbos conjugados no pretérito imperfeito? Como por exemplo: «Agora, eu caminhava à beira-mar.»
Preciso saber sobre as regras do gerúndio, e porque é que nas duas primeiras frases a regra foi respeitada e na terceira não:
1. Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, caminhando rumo a um futuro incerto e infeliz.
2. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias...
3. Os menores do Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas malhas da prostituição...
Muito obrigada e parabéns pelo excelente site.
Se o verbo no infinitivo é saudar, porque adquire na sua conjugação um acento agudo no ú: saúdo, saúdas...? Ou será que o acento está incorrecto e advém de uma confusão com o nome saúde?
A propósito da resposta à minha consulta emitida pela professora Eva Arim, em 12/3/2007, peço licença de voltar ao assunto, pois a argumentação não me convenceu. Vejamos: deve-se fazer a uniformidade temporal em frases do tipo da que se examina. Assim devemos dizer e escrever:
1 – «O curso foi realizado há muito tempo.»
2 – «Ele era professor havia muito tempo.»
3 – «Esse assunto deveria ter sido tratado há muito tempo.»
4 – «Esse assunto teria sido tratado (haveria) muito tempo.»
Agora na frase em exame [«Se eu fosse Daniel, já teria enviado a encomenda (haveria) muito tempo»], vemos que, para se manter a uniformidade temporal, a meu ver, não há como remeter o tempo verbal para o momento em que a frase é produzida, como se diz na resposta, pois o mesmo não se faz com a frase 2, por exemplo. No caso da frase 1, obviamente o verbo haver deve ser conjugado a partir do instante da emissão da frase. O mesmo se diga quanto à frase 3 (apesar de estar o verbo auxiliar da oração principal no condicional, uma vez que essa frase guarda uma diferença sutil em relação à frase 4, cuja estrutura é idêntica à que apresentei).
Em «Daniel...», estando o verbo da oração principal no condicional, como não conjugar o verbo haver também no condicional?...
Aguardo novas considerações, que desde já agradeço.
Surgiu-me uma dúvida numa construção:
«Foi deliberado que a Associação não se fará representar.»
«Foi deliberado que a Associação não se faça representar.»
Podem estar ambas correctas? Ou só uma é que é válida?
Obrigada.
Gostava de saber em que pessoas se conjuga o modo imperativo.
Tradicionalmente, diz-se que apresenta como únicas formas as da segunda pessoa do singular e plural. Contudo, também o usamos na terceira pessoa do singular (ex.: «coma», «beba»), na primeira pessoa do plural (ex.:«andemos», «comamos») e na terceira do plural (ex.: «comam», «bebam»).
Alguns professores dizem que estes últimos três casos não se podem considerar como imperativo, mas, sim, como presente do conjuntivo, com valor de imperativo. No entanto, a gramática de Celso Cunha e de Lindley Cintra indica que estas três conjugações pertencem ao modo imperativo. Por outro lado, consultei também a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, e, realmente, é referido que o imperativo apresenta as formas da segunda pessoa do singular e plural como as únicas possíveis do modo imperativo.
Agradecia um esclarecimento.
Se a conjugação pronominal reflexa se utiliza quando o sujeito pratica e sofre a acção (in Gramática de Hoje, Editorial O Livro) e quando a acção recai sobre o sujeito sobre o qual se declara alguma coisa ( in Gramática do Português Moderno, Plátano Editora), então que tipo de conjugação é esta: «ensinei-te» ou «deu-nos» ou ainda «convidou-me»?
Bem-haja pela atenção e parabéns pelo site. Já está nos meus favoritos!
Qual a maneira correcta de dizer:
«Fui parado pela polícia»
ou
«Fui mandado parar pela polícia»?
Um aluno colocou a seguinte questão: «..se temos três conjugações, “ar”, “er” e “ir”, então a que conjugação pertencem as palavras “pôr” e “compor”?»
O docente explicou que estas não pertencem a qualquer conjugação, mas que tal facto se deve à evolução da linguagem ao longo dos tempos desde as palavras originárias ‘ponere’ e ‘componere’ as quais sofreram mutação ao longo dos tempos.
Solicito, pois que me informem se respondi acertadamente ao aluno (pois informei-o de que iria procurar melhor para melhor o esclarecer). Caso o não tenha feito solicito que me esclareçam para melhor poder ensinar.
Se as vogais temáticas de verbos correspondem às vogais de suas conjugações, por que alguns tempos não apresentam a característica em questão? Por exemplo, o verbo “vender” conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo, apresenta após o radical a vogal "i", que não corresponde a vogal temática "e" de seu infinitivo.
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