Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Carla Macedo Jornalista Lisboa, Portugal 4K

Dado o género da palavra fondue, no seu original francês, gostaria de saber se é correcta a utilização do artigo masculino a preceder a palavra como se ouve regularmente, ou se é mais adequado utilizar o artigo definido feminino singular.

Ana Maria da Silva Professora Piraju, Brasil 9K

Gostaria de um comentário sobre a expressão «ao pé da letra». Seu significado é «literalmente», mas é uma figura de linguagem? Seria catacrese, ou metáfora?

Morfologicamente, posso classificá-la como locução adverbial?

Rui Santos Reis Auditor Lisboa, Portugal 12K

Qual o significado e origem da expressão «de rebimba o malho»?

Olivier Stockman Tradutor Bruxelas, Bélgica 6K

O que se entende por «domínio urbano municipal»?

Gabriel Souo Estudante Pequim, China 5K

Gostaria de saber se existe uma diferença entre as frases «vou ficar em casa a estudar» e «vou ficar a estudar em casa».

O professor disse que ambas as preposições a e para têm um significado de "motivo", mas queria saber qual é a diferença.

Por exemplo, posso dizer:

«Vou ficar em casa para estudar» em vez de «vou ficar em casa a estudar»

ou

«Quantas pessoas são ao todo a jantar» em vez de «quantas pessoas são ao todo para jantar»?

Não tenho palavras para agradecer.

Mariana Ferreira Estudante Lisboa, Portugal 8K

Existe alguma diferença no significado das palavras sépsis e septicemia?

Obrigada.

Florbela Catarina Malaquias Jornalista Luanda, Angola 20K

Termo («termo de entrega») e auto («auto de avaliação»).

Seus significados, diferenças e semelhanças.

Matheus Gustavo de Oliveira Borges Escritor, reda{#c|}tor São Paulo, Brasil 5K

Gostaria de saber acerca de uma pequena diferença de uma palavra que a meu ver define a interpretação do texto. É muito importante isso para mim e para toda uma comunidade cristã. Na realidade, claro que não estou em posição, mas precisava com urgência de uma explicação de um perito na área. Veja a seguir o texto:

«No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do casamento, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mat. 5:32.»

O que aconteceria caso fosse substituída a palavra do para ao ao ser dito da exceção no texto? Haveria alguma diferença? Eu entendo que sim. Claro que não é posição de vocês fazerem teologia, mas para que seja entendido o meu ponto de vista é necessário explicar. O texto da Bíblia abaixo é a fonte pela qual o autor acima tira sua conclusão, sendo que entendo que:

O texto mais esclarecedor quanto ao significado de fornicação (na Bíblia isto), que é a base para o autor dizer «infidelidade do voto conjugal» no seu texto, baseado isto numa interpretação do que seria a cláusula de exceção de Jesus, é este: «Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Vós fazeis as obras de vosso pai. Replicaram-lhe eles: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.» (João 8:40-41) Fica claro o significado da palavra no episódio de Maria, sendo que ela era acusada de fornicação; em Maria, quando noiva de José, não casada ainda, tinha sido gerada pelo Espírito Santo uma criança (Jesus), sendo que José pensou que ela tinha sido infiel a ele, e que ela deveria ser entregue para os judeus a apedrejarem. Para a Bíblia, fornicação é o mesmo que «relação sexual ilícita por parte de alguém não casado», apenas usado em casos de uma pessoa solteira; quando é por parte de um casado, é utilizado na Bíblia a palavra adultério. Desta forma entendemos que, ao contrário dos judeus que aceitavam o divórcio por diversos motivos, Jesus só aceitou o divórcio e novo casamento baseado em Deuteronômio 22, que era como um seguro que o noivo tinha contra uma possível traição por parte da moça, a qual anularia os votos naquelas circunstâncias (isto acontecia logo após a noite de núpcias). Porém, se o noivo já tinha aceitado a não-virgindade da moça, não havia motivo para a anulação, pois já era caso conhecido; apenas se fosse desconhecido pelo noivo seria feita a anulação. No Brasil havia esta lei quanto a anulação do casamento por causa da perda da virgindade até a década de 90, depois por causa de movimentos feministas foi retirado (não sei quanto a Portugal).

Dada estas explicações, peço paciência e ajuda para conduzir o assunto ao final. Como se pode ver o problema é acerca de entender o texto reproduzido acima que é baseado na Bíblia, e necessariamente preciso conciliar a interpretação já definida na Bíblia, agora no texto. Assim, «infidelidade do voto conjugal» não seria infidelidade "ao" voto conjugal, o que entraria no adultério, um evento pós-casamento, que não entraria em acerto com a interpretação Bíblica já definida. Entendo que «infidelidade do voto conjugal» seria uma outra forma de dizer infidelidade da noiva ao fazer o voto conjugal, porque ela está sendo falsa ao seu noivo, enganando o noivo quanto a sua virgindade (temos que entender que no contexto bíblico é importante sim a virgindade e relacionamento sexual apenas quando casados), não tendo nada a ver com infidelidade depois de casado, sendo que a infidelidade teria sido antes de casar, e isto, segundo esta legislação, daria o direito de anulação de casamento.

Espero que tenha sido claro na minha questão: há realmente como ilustrado por mim uma diferença entre "infidelidade do voto conjugal" e "infidelidade ao voto conjugal", levando em conta o máximo possível que puderem todo o contexto bíblico envolvido no texto? É possível conciliar a interpretação bíblica definida, com o texto em questão? Tenho certeza de que esta é uma ciberdúvida, e conto com a ajuda de vocês.

Ficaria imensamente grato caso resolvessem de alguma forma a questão.

Joanna Drzazgowska Professora Gdynia, Polónia 11K

Queria perguntar se, segundo a sua opinião, é possível construir as seguintes perífrases que exprimem o valor incoativo: «começar a ficar aceso/alegre/azedo/barato/branco/caro/claro/doente/pálido/preto/sujo/triste/stressado/pobre/preguiçoso/velho.» Seria também possível substituir o verbo ficar por ser ou estar?

Obrigada pela ajuda.

Abraão Lima Gestor Praia, Cabo Verde 4K

Gostaria de saber em que momento se devem utilizar as palavras carente e carecente.