Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Ana Silveira Professora Lisboa, Portugal 8K

Num manual de apoio à disciplina de Português, encontrei o exercício que passo a transcrever:

«Ler um autor é criar um novo texto, saído do que lemos, através de uma leitura original, valorativa deste ou daquele aspeto que nos encontra ou nos agride, semelhante ou diferente de nós, da nossa maneira de ser e de estar, das nossas inquietações e aspirações, usufruindo do Escritor, das múltiplas vias, por ventura nem sempre conscientes, que nos franqueia das sugestões, da riqueza imaginativa, da sua capacidade de observar e interpretar o mundo e os outros. (…)»

Em «que nos franqueia», o antecedente do pronome que é...

a) (d)o Escritor.

b) conscientes.

c) (d)as múltiplas vias.

d) nossas inquietações e aspirações.

Gostaria de saber se a resposta correta é «d(o) Escritor» ou «(d)as múltiplas vias», sendo que, neste caso, há um erro de concordância verbal.

Francisco Lopes Estudante Gaia, Portugal 6K

Na expressão «Levai-me àquele barco», o me tem a função sintática de complemento direto ou indireto?

Maria Isabel Baltasar estudante Porto, Portugal 5K

Estando em terra, chego ao Céu voando;

num’ hora acho mil anos, e é de jeito

que em mil anos não posso achar um´ hora.

Camões

Solicitava o favor de me esclarecer quanto à classificação da oração «que em mil anos não posso achar um´ hora».

Custódia Fernandes Professora Viana do Castelo, Portugal 6K

Na frase «Restam-nos o mar universal e a saudade» (Pessoa), qual a função sintática do constituinte «o mar universal e a saudade»?

Gemima Cabral da Silva Professora Cachoeiro de Itapemirim, Brasil 113K

Na frase «Qual sua expectativa em relação a disciplina em questão?», o a próximo de disciplina tem crase? Em caso afirmativo, qual a regra que justifica a crase?

Ana Antunes Estudante Porto, Portugal 26K

Surgiu uma dúvida na classificação das orações: «Quantos rostos ali se vêem sem cor,/Que ao coração acode o sangue amigo!» (Canto IV, estância 29) A segunda oração é causal, ou consecutiva?

Maria Duarte Professora Lisboa, Portugal 13K

Verifiquei que formulei mal a pergunta que coloquei anteriormente. As dúvidas são as seguintes:

1. Qual a diferença entre a conjunção coordenativa explicativa pois e a conjunção coordenativa conclusiva pois?

2. Pois pode também ser uma conjunção subordinativa causal?

3. Porque pode ser considerada uma conjunção coordenativa explicativa? Se sim, em que medida é diferente da conjunção subordinativa causal porque?

4. Encontrei uma explicação, segundo a qual a diferença entre uma coordenativa explicativa e uma subordinativa causal estaria no verbo, sendo que, quando este estiver no imperativo, a conjunção será do 1.º tipo (por exemplo: «Fecha a porta, porque faz frio»). Confirmam-no?

Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 8K

Sempre estudei que a gramática e o bom senso nunca abonaram a construção se (com função de sujeito) e o pronome o e suas flexões a, os e as (objeto direto), por ser contrária à índole da língua portuguesa.

Uma questão de concurso público, entretanto, afirmou que a construção «podem ser descritas» equivale à construção «pode-se descrevê-las».

Ora, esta última maneira de construir fere precisamente a norma gramatical supramencionada, porquanto o pronome se está claramente exercendo a função de sujeito da locução verbal ou conjugação perifrástica «pode descrever». Conforme tudo o que pude equilibradamente compreender ao longo de mais de vinte anos de dedicação a estudos gramaticais, o modo correto de escrever o equivalente a «podem ser descritas» é «podem-se descrever» ou «podem descrever-se».

O torneio «pode-se descrevê-las», além de agredir hediondamente a tradição gramatical e o gênio da língua portuguesa estreme, não me parece nada passivo, uma vez que o se (função francesa) está desempenhando a função de sujeito, o que vai também de encontro à origem do idioma português (o se do latim não exercia a função nominativa).

Importa-me saber a vossa opinião a respeito dessas considerações.

Inês Franco Professora Lisboa, Portugal 9K

Na frase «De manhã, a Joana toma banho», em que grupo constituinte da frase se inclui o «de manhã» e qual a sua função sintática?

Mara Santos Doméstica Mineiros, Brasil 5K

Gostaria de saber como funciona a concordância quando usamos «talvez um dos».

Ex.: «Traçar e redesenhar a vida cotidiana, a esfera pública e novos modos  de usar a cidade é talvez um dos maiores desafios colocados.» Nesse caso, o verbo concorda com «um dos», ou não?