Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Léxico
Maria Manuela Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 1K

Na frase «que coisa tão esquisita» qual é a classe morfológica do que?

Hugo Madeira Serviços técnicos Lisboa, Portugal 2K

Em conversa com pessoas de diversos pontos do país reparei que existem várias formas de chamar às divisões de uma casa e também alguns elementos. O mais que mais me chama a atenção é a «casa de banho» que também recebe o nome «quarto de banho». Já no Brasil usam banheiro ou privada. E também o lavabo, que seria mais pequeno apenas com lavatório e sanita, ou caso se tratasse de instalações públicas, embora exista sempre uma pressão muito grande para a utilização de anglicismos como w. c. O mesmo acontece com walk-in closet, para o qual não conheço tradução. Por outro lado também fui confrontado com a utilização de «casa de jantar» para denominar a «sala de jantar», no entanto também encontrei «casa de jantar» para representar um móvel da sala onde se guardam as louças. Existem formas mais e menos corretas de chamar estes espaços?

Vicente Martins Professor universitário (UVA, em Sobral) Sobral, Brasil 1K

Durante a leitura de Jubiabá (1935), de Jorge Amado (1912-2001), deparei com a palavra "encongruado" no seguinte contexto:

«A vida é boa, velho... Você fala porque tá encongruado.... – o ex-soldado riu» (Amado, 1935, p.215).

Não há registro deste verbete nos dicionários gerais. Vocês poderiam me ajudar na atribuição de sentido à palavra "encongruado"?

Grato por qualquer luz.

Fernando Baptista Reformado Seixal, Portugal 1K

A propósito do conceito decrescimento – tese segundo a qual a degradação progressiva do ambiente e dos recursos do planeta só tem como saída a inversão da lógica depredadora do capitalismo* − e como não encontro a palavra no arquivo do Ciberdúvidas, peço-vos uma abordagem sobre a formação desta palavra e deste sentido novo.

* Cf. Serge Latouche, "As vantagens do decrescimento" (Le Monde Diplomatique – Brasil, 1/11/2003) e Decrescimento Sereno, Lisboa, Edições 70, 2012;  "Serge Latouche, o precursor da teoria do decrescimento, defende uma sociedade que produza menos e consuma menos", Instituto Humanitas Unisinos, 3/09/2013; Ana Poças Ribeiro, "A economia contra os limites da Terra: o decrescimento sustentável é a solução", Público, 4/09/2018

Carlos Alberto Conti Revisor São Paulo, Brasil 2K

Qual é a regência de conveniado?

Grato.

Pedro Silva Estudante Lisboa, Portugal 8K

Poderei usar o termo tripulante, em português europeu, ao referir-me um individuo que conduz um automóvel, ou simplesmente está no automóvel, não estando a conduzir, e em ambos os casos sozinho.

Haroldo Ribeiro Dentista Fortaleza, Brasil 2K

Tratativa pode ser termo utilizado, relacionando-o a tratamento de saúde?

Amanda Krowli Estudante São Paulo, Brasil 4K

Li em algum lugar que, na sentença «O medo do professor chamou a atenção de seus alunos», a expressão «do professor» seria um complemento nominal, uma vez que o sentimento de medo nos remete a um valor passivo (i. e., o professor estava sentindo medo). Entretanto, no caso de «A filha sentia medo do pai», tenho a impressão de que [relativamente a] «do pai» se trata de adjunto adnominal, porquanto quem está padecendo do sentimento de temor é o sujeito «a filha». O raciocínio está correto, considerando a gramática prescritiva?

Obrigada!

Filipe Mónica Arquiteto Lisboa, Portugal 3K

Pode dizer-se que a palavra inovação remete para uma "introdução" da novidade, na medida em que o prefixo i se refere a um movimento para dentro (cf. resposta); e que a palavra renovação remete para uma "repetição" da novidade, sendo o prefixo re entendido como elemento designativo de repetição? Poder-se-á a partir daqui extrapolar que no primeiro caso não é admissível que a acção recaia sobre um "objecto" existente (não fazendo sentido dizer "o mundo inova-se", mas sim "o autor inova"), sendo essa pré-existência necessária no segundo caso (fazendo aqui sentido "o mundo renova-se", mas não "o autor renova.")?

Susana Teresa Belo do Carmo Professora Famalicão, Nazaré, Portugal 1K

Em primeiro lugar, um enorme agradecimento por este vosso espaço: um verdadeiro "Templo do Saber".

A minha dúvida prende-se com as palavras aritmética e dramaturgo que, no manual de Português com que trabalho atualmente, aparecem classificadas como sendo palavras compostas. Não consigo encontrar, na bibliografia que me costuma servir de apoio (gramáticas, dicionários e afins), qualquer explicação que suporte esta classificação. Estará correta? Se sim, quais os elementos que entram na composição de cada uma destas palavras?

Um grande bem-haja pela vossa disponibilidade e partilha.