Em ciências sociais, por exemplo em antropologia, é comum o uso da termo "evitamento", no sentido de um procedimento que visa, precisamente, evitar uma determinada situação que é socialmente indesejada (a presença de determinados parentes, o contacto com certas substâncias, etc.). No entanto, frequentemente esta palavra é "censurada" em textos escritos noutras áreas de trabalho, com o pretexto de ser inexistente ou uma incorrecção de português. Podem esclarecer-me sobre a validade da palavra? Trata-se de um neologismo ou de um calão específico das ciências sociais ou, pelo contrário, de uma palavra perfeitamente averbada na língua, como, aliás, se verifica em vários dicionários? Obrigado pela atenção.
Existe o termo "postar" em português europeu?Tenho visto algumas vezes no sentido de colocar uma mensagem num fórum, por exemplo. Pessoalmente, custa-me muito aceitar uma tradução "aportuguesada" de um termo inglês ["post"], mesmo nesta época em que tudo, ou quase tudo, é aceitável.
A propósito de um texto de Mário Barreto em que se 'define' a diferença entre neologia e neologismo, deparei-me há dias com duas palavras sobre as quais gostaria de saber se é correcta a sua utilização.
Practibilizante
Parceriado
Agradeço imenso o esclarecimento.
As duas palavras em título são correctas (ou seja, poder-se-à escolher qualquer delas)?
Gostaria, antes de mais, de parabenizá-los pelo tão desejado regresso que, creio, era aguardado por todos aqueles que vêem nele o vigoroso pulsar da Língua Portuguesa e que são muitos, a julgar pelos votos de confiança e apoio que foram sendo prestados ao Ciberdúvidas.
A dúvida que venho colocar tem a ver com a tão complicada questão da utilização do hífen. Assim, gostaria que me ajudassem na dúvida na grafia das seguintes palavras: data início/
/data-início; data fim/data-fim? Seguindo a regra da formação de palavras por composição (justaposição), penso que se escreveriam com hífen; data-início e data-fim. Seguindo a grafia de data-valor, que é, segundo o dicionário da Porto Editora, a grafia correcta, estas seriam também as formas correctas. No entanto, as minhas dúvidas prendem-se com o facto de nunca ter visto estas palavras escritas com hífen, mas sim como "data fim" e "data início". Fiz inclusive uma pesquisa no corpus CETEMPúblico, da qual não obtive nenhum resultado. Seria possível ajudarem-me com esta questão?
Agradecendo desde já toda a atenção dispensada, despeço-me com os melhores cumprimentos, desejando-lhes a continuação do valioso trabalho que têm vindo a prestar a todos nós.
Não estará errado usar a palavra invisual (cego)?
Não consigo encontrar a palavra invisual em qualquer dicionário.
Estou a escrever uma dissertação e preciso de escrever ranking ou, melhor seria, a sua tradução em português. Pus-me a pensar e não encontrei uma boa alternativa. Ora como os meus recursos mentais e linguísticos são limitados, venho pedir a vossa douta ajuda.
Muito grata.
Sharia / xaria / charia / xária?
Como deverá ser escrita em textos portugueses a palavra árabe (e mais ou menos intraduzível) que designa a lei islâmica?
É frequente vermos a forma inglesa “sharia”. Acabo de ler, no Público, a versão “charia”. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não tem nenhuma entrada para o efeito.
Penso que o som /ch/, quando provindo de palavras árabes ou persas, deve ser representado por um “x”. Mas ainda fico com uma dúvida: a palavra é esdrúxula (logo, “xária”) ou grave (“xaria”)?
Não parece que a palavra media seja inglesa e sim latina, significando meios e cujo singular é "medium". Tem sido usada pelos anglo-saxões e que a pronunciam “à inglesa” como fazem com outras expressões latinas. Nestas circunstâncias, usar a forma "mídia" é assumir uma submissão cultural próxima da aceitação de um processo de colonização, aliás muito semelhante ao que está a acontecer com a palavra "randomizar" para a qual existe uma palavra latina correcta e perfeita decorrente da palavra aleatório.
Gostava de conhecer a posição do Ciberdúvidas.
Obrigado.
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