Tenho ideia de que antigamente a palavra reagir tinha certa conotação de antagonismo – usava-se «reagir a uma ofensa», ou a uma crítica –, ao passo que hoje é quase uma tradução de reply (replicar, responder) e se usa muito mais amplamente. Estou certo?
Gostaria de saber qual das seguintes frases é correta: «Sonhei que ele morria.» ou «Sonhei que ele morreu.»
Também gostaria de ser esclarecida quando à pronúncia de "gostos": «Fiz gôstos no facebook.» ou «Fiz góstos no Facebook.»?
Obrigada.
Qual a classificação do verbo «passar» em «passar de»? E qual a classificação sintática do termo que lhe é posterior em frases como «Você não passa de um safado» e em «Você passou de cama ontem»?
À luz da semântica, parecem-me, respectivamente, um verbo de ligação com um predicativo do sujeito. Em «Você passou de cama», parece-me «Você passou acamado».
O que lhes parece?
Na frase «Este livro entrou para a História da literatura universal.», qual a função sintática de «para a História...»?
Primeiramente, obrigada, equipa Ciberdúvidas, pelo excelente trabalho.
A pergunta que tenho é sobre o verbo calcorrear. Recentemente, li «os carros calcorreavam». Ora, se calcorrear significa «andar a pé» (Dicionário Priberam), «percorrer (caminho geralmente longo) a pé; caminhar muito» (Dicionário Infopédia), não se poderia aplicar o termo a veículos motorizados, certo?
Quanto à classificação do verbo considerar – assunto tratado em 10/1/2018 –, tenho algumas considerações a fazer, que são as seguintes:
1 – O verbo considerar pode ser transobjetivo: «O lavrador considerou o cão bonito» (considerou-o bonito).
2 – Assim sendo, se quisermos omitir o agente, podemos criar a frase «Considerou-se bonito o cão» (voz passiva com a particularidade de ocorrer um predicativo («bonito») do sujeito («cão»). Não é o cão que se considera bonito, mas é ele assim considerado. Portanto, quanto a esta frase dada como exemplo «agramatical», quero crer que não o seja, assim como «As paredes da casa consideram-se agradáveis» ou, invertendo-se a ordem: «Consideram-se agradáveis as paredes da casa», e, estendendo-se: «O lavrador considerou agradáveis as paredes da casa».
3 – Sem contar o fato da seguinte frase: «O lavrador considerou-se apto ao trabalho», na qual temos um complemento direto (se) e um predicativo do complemento direto. Mas se trata de uma análise diferente de uma estrutura frasal idêntica a «Considerou-se o lavrador apto ao trabalho.» Antepondo-se ou não o sujeito ao verbo, pode-se dar uma interpretação semântica diferente, o que é interessante.
«Deixarei para estudar quando começar as aulas» ou «Deixarei para estudar quando começarem as aulas.»?
Grato antecipadamente.
Gostaria de saber se o verbo considerar-se é um verbo copulativo.
E, uma vez que estou a questionar, queria também aprender, de uma forma pragmática, a distinção entre complemento do nome e modificador restritivo do nome (MNR).
Obrigada.
Sempre que leio narrativas, encontro verbos no tempo verbal pretérito mais-que-perfeito, mas fora isso é bem difícil eu encontrar o uso dele – tanto na fala quanto na escrita. Porém, analisando mais calmamente percebi que trocando o verbo no pretérito mais-que-perfeito para um Verbo auxiliar + verbo principal no particípio, o sentido da oração se torna o mesmo.
Vejam-se estes exemplos:
1 – «Quando o noivo apareceu, a noiva já chegara à igreja.» Caso eu troque o «já chegara» para «já tinha chegado», a frase tem o mesmo sentido: «Quando o noivo apareceu, a noiva já tinha chegado à igreja.»
2 – «Pálida, jogada fora de uma Igreja, olhou a terra imóvel de onde partira e aonde de novo fora entregue». Caso eu troque o «partira» e «fora» para «tinha partido» e «tinha sido entregue», a frase tem o mesmo sentido: «Pálida, jogada fora de uma Igreja, olhou a terra imóvel de onde tinha partido e aonde de novo tinha sido entregue». Por isso, gostaria de saber se será sempre correto, de acordo com a norma padrão, fazer essa troca que eu fiz e se um equivale a outro.
Obrigado.
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