Leio com crescente frequência a utilização do verbo "ser" onde sempre foi corrente o recurso ao verbo "estar". Por exemplo, numa mensagem de e-mail com um anexo, por vezes surge o texto «Sou a enviar em anexo (...)».
É correto, ou esta tendência resulta de más traduções de outras línguas onde não há esta distinção ser/estar e que acabam por ser incorretamente adotadas pelos portugueses?
Posso conjugar somente o verbo vir? Alguns verbos são ruins de conjugar, principalmente no subjuntivo/conjuntivo. Então eu uso o verbo vir, para não haver erro. Ex: em vez de conjugar a primeira pessoa do singular do verbo reaver no pretérito imperfeito do subjuntivo como "se eu reouvesse", eu costumo usar "se eu viesse a reaver". É correto? Posso usar em todos os verbos?
Após a locução «Por favor», põe-se o verbo no infinitivo ou no imperativo: «Por favor + fazer» (verbo no infinitivo)
ou «Por favor + faça» (verbo no imperativo)?
No trecho abaixo, pode-se dizer que "elle" e "delle" atuam como pronome relativo, pois se referem a "Projecto de Constituição"? «Nós quanto antes jurassemos e fizessemos jurar o Projecto de Constituição, [...] mostrando o grande desejo, que tinham, de que elle se observasse já como Constituição do Imperio [...] e delle esperarem a sua individual, e geral felicidade Politica.»
Fonte: Constituição Política do Império do Brazil de 25 de março de de 1824.
Minha maior dúvida, contudo, não é essa e, sim, das relações históricas de utilização de tais pronomes. Certa vez, uma professora afirmou que em português arcaico "elle" era utilizado em orações sem sujeitos, tais como: chove, faz frio. Assim, segundo ela, eram utilizadas construções sintáticas como: «Elle Chove»; «Elle faz frio». Neste caso, "elle" referir-se-ia a um ser abstrato da natureza, algo metafísico, de cuja existência não se tem certeza. Isso procede? Nunca achei nenhuma referência que confirmasse tal alegação.
De qualquer maneira, agradeço a atenção.
A redução da oração "Eu não permiti que Carlos me desacatasse" para "Eu não o permiti a me desacatar" pode ser considerada correta? Ou somente "Eu não lhe permiti me desacatar" é correta na norma culta?
Será que me poderiam ajudar a classificar a oração subordinada não finita que está presente nas seguintes frases: "Sinto-me incapaz de pensar" e "O poema era fácil de analisar". Ambas as orações exercem a função sintática de complemento do adjetivo, mas não consigo classificar qual a oração. Grata pela vossa ajuda.
Tenho uma dúvida que há muito tempo me incomoda. Tudo que desejo entender é se locução verbal possui algum complemento, seja objeto direto ou indireto. Como nesse exemplo bastante simples: «Eles estão procurando emprego». A palavra «emprego» seria considerada objeto direto da locução?
Na frase «A curiosidade humana acerca do desconhecido e a sua incapacidade de explicá-lo através da razão fez com que (...)», o verbo deve vir no plural ou no singular?
Obrigada.
Qual a função sintática de «o aborto» na frase «Você é contra o aborto»?
Quais as alternativas corretas (1/2) e (3/4)?
1) Os policiais afirmaram terem escutado tiros na favela; 2) Os policiais afirmaram ter escutado tiros na favela; 3) Os réus afirmaram terem-se mudado para outra cidade; 4) Os réus afirmaram ter-se mudado para outra cidade.
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