Gostaria de saber se antes da preposição conforme há vírgula. Segue exemplo abaixo:
«Há pessoas que não utilizam roteiro conforme divulgação no Portal de Notícias.»
No conto Missa do Galo, Machado de Assis escreve: «... e, mais de uma vez, ouvindo dizer ao Menezes que ia ao teatro...» Como se explica esse «ouvindo dizer ao...»? Porque quem diz... diz alguma coisa a alguém, não é? Então, a frase deveria ser «ouvindo dizer o Menezes» ou «ouvindo dizer Menezes»... não é?! Ou a 1.ª opção se justifica? Como?
Na oração «Poluída que estava, a praia foi interditada», qual seria a classe gramatical da palavra que?
Na frase «O João ofereceu uma prenda», o verbo é transitivo directo, mas o verbo oferecer é transitivo directo e indirecto. Como é que é suposto os alunos classificarem então este verbo? Devem classificar os verbos no contexto das frases em que surgem, ou saber a subclasse dos mesmos, sem se preocuparem com estes exemplos?
A minha dúvida encontra-se nas frases «Tenho grande satisfação de passar-lhe às mãos a publicação Carta Mensal». O verbo passar é regido pela preposição a? Não seria correta a frase: «Tenho grande satisfação de passar às suas mãos a publicação Carta Mensal»?
Gostaria de uma explicação do mestre quanto ao uso do lhe nas mais variadas situações. Fico aguardando suas explicações.
Agradeço muito e parabenizo-o pelo site.
Gostava de aprender a usar o vocativo pá. Parece-me que os portugueses usam muito.
Mil vezes o meu muito obrigada!
Na frase: «Ele vive como lhe apetece», retirada da Gramática da Areal, «como lhe apetece» é referido como subordinada substantiva relativa com a função modificador do grupo verbal, «vive». A minha questão reside na análise da dita oração, ou seja, identificação da função sintáctica do advérbio relativo como, das posições de sujeito, de complemento directo, etc. Ou não é possível proceder a uma análise dessa oração?
Obrigada pela vossa atenção.
Gostaria de pedir um esclarecimento sobre a frase seguinte:
«O director dirigiu-se à representante das educadoras do Berçário/Creche perguntando-a, relativamente aos horários, como eram geridos os problemas quando a Creche era gerida pelo AA.»
Houve alguém que me disse que não concordava com «perguntando-a» mas sim perguntando-lhe, mas não me soube clarificar. Qual é a correcta?
Obrigado pelo esclarecimento.
Relativamente às funções sintácticas (FS) desempenhadas pelas orações subordinadas adverbiais, julgo estar certa ao dizer que:
— as causais, as finais e as temporais desempenham sempre a FS de modificador (frásico) do grupo verbal (GV);
— as concessivas e as condicionais desempenham sempre a FS de modificador (frásico) da frase;
— as comparativas e as consecutivas (aquelas que, julgo, têm pouca, ou nenhuma, mobilidade) também são modificadores. E agora aqui vai a dúvida: são modificadores da frase, ou do GV?
Grata pela prontidão com que a equipa do Ciberdúvidas sempre me responde!
Após pesquisar no Ciberdúvidas, não consegui o desejado efeito cibernético.
Se se pretender atribuir um nome a uma entidade pública administrativa nos Açores, com responsabilidades ao nível da execução de uma matéria nacional (isto é, não regionalizada), pergunto: deve ser utilizada a preposição de, ou em?
Exemplifico:
1) Instituto de Gestão da Reinserção Social «dos» Açores;
ou
2) Instituto de Gestão da Reinserção Social «nos» Açores.
Sei que a prática é o caso 1). Mas não será que o contexto requer o tão necessário quanto espinhoso «distinguo»?
O nome do exemplo é imaginado, mas o caso concreto é real. Trata-se de uma entidade com o mesmo nome da entidade ao nível nacional. O que as distinguirá no futuro será precisamente o complemento «Açores».
Se se seguir o que aqui foi escrito, o complemento «Açores», sendo um substantivo, parece que deveria ser qualificado como «determinante». Neste caso, porém, determinante é o facto de o «Instituto» ser da «Reinserção Social». O facto de estar «nos» Açores é meramente circunstancial.
Isto tem mais importância ao nível semântico: se a Reinserção Social não foi regionalizada, a preposição do caso 1) induz o leitor em erro pela sua ambiguidade, pois tem como significação a Reinserção Social pertencer aos Açores, o que do ponto de vista referencial está errado. Já o caso 2) significa que se trata do organismo que gere a Reinserção Social referente aos Açores, isto é, uma mera circunstância acessória ao nome (quem? o Instituto de Gestão; o quê? da Reinserção social; onde? nos Açores).
Do ponto de vista semântico, trata-se de um acto ilocutório com uma declaração assertiva, pois o legislador estará a dar um nome a uma entidade, incluindo o lugar da sua actuação («nos» Açores)
Em suma: no caso que descrevi, não será mais correcto o uso da preposição em?
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