DÚVIDAS

Dois vocativos justapostos
na frase «Vós, Tágides minhas, dai-me um som alto e sublimado»
Na frase da Dedicatória de Os Lusíadas «E vós, Tágides minhas, [...] dai-me agora um som alto e sublimado...», qual é a função que «vós» e «Tágides minhas» desempenham na frase? Desempenham a mesma função de vocativo, ou «Tágides minhas» é modificador apositivo do nome? Ou «vós» será sujeito?!? Agradeço o esclarecimento prestado.
O pronome interrogativo quem com preposição
Um aluno perguntou-me se podíamos dizer: «A quem é que ele vai buscar?» Eu respondi-lhe que não, que devíamos dizer: «Quem é que ele vai buscar?»; mas não soube explicar o motivo. Nas frases interrogativas parciais, os interrogativos podem ser precedidos de diferentes preposições. Exemplo: «De quem é este livro?»; «Para quem é o chocolate?»; «Com quem vais à rua?» Como posso explicar a não utilização da preposição a? O futuro próximo «vai buscar» não pede preposição. Na frase «A quem é que ele leva o presente?», a preposição é pedida pelo verbo levar («levar algo a alguém»). Seria possível esclarerem-me o uso destas preposições? Obrigada.
Mesóclise no meio de uma frase
Primeiramente, gostaria de registrar os meus parabéns e dizer que gosto muito de sempre consultar e passar um tempo lendo este site! Em relação à minha pergunta, na verdade, talvez seja mais uma provocação do que propriamente uma dúvida, porém gostaria de ouvi-los a respeito: em alguns materiais, encontro a informação de que a mesóclise deve ser utilizada apenas quando não for possível a próclise; em outros, essa orientação possui caráter facultativo. Tenho muito preconceito com mesóclises colocadas no meio de frases, tal como na mensagem de cabeçalho «Ter dúvidas é saber. Não hesite em nos enviar as suas perguntas. Os nossos especialistas e consultores responder-lhe-ão o mais depressa possível.» Qual a valiosa opinião de vocês? Muito obrigado!
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