Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Jose Luís Fonseca Médico Braga, Portugal 25K

Quando vamos emitir outra vez, vamos reemitir, ou remitir? Ou não existe sequer?

Reinaldo Vasconcelos Estudante Rio de Janeiro, Brasil 31K

As regências verbais estão me deixando desesperado! Por favor, ajudem-me! Os verbos crer, pensar, acreditar, gostar, avisar, etc. penso eu que são transitivos indiretos, mesmo quando em orações principais de subordinadas substantivas. Quem «crê», «pensa», «acredita», «gosta»... «crê em», «pensa em», «acredita em», «gosta de», etc. Exemplos: «Ele crê em que você o ajudou», e por aí vão os outros exemplos. Já me informaram de que são transitivos diretos quando principais de subordinadas substantivas. Afinal, em «Eu penso que você é útil a mim», o verbo pensar com o em elíptico continua sendo transitivo indireto, ou não?

Alessandra Ferreira Estudante de Letras São Paulo, Brasil 5K
Gostaria, primeiramente, de agradecer pela oportunidade.

Em um concurso foi elaborada a seguinte questão:

«Considerando as funções sintáticas das orações apresentadas abaixo: "Permite chegar à abstração completa da realidade" e "Permite que se chegue à abstração completa da realidade" NÃO podem substituir-se porque são diversas.»

Pergunto: do que se trata [quando se diz] «serem diversas» as orações?

Grata.

João Jesus Funcionário público Funchal, Portugal 21K

Em conversa com uma colega, a respeito da elaboração de um ofício, gerou-se uma teima, sobre a eventual incorrecção de um dos parágrafos, pelo que agradecia o vosso comentário ao excerto que abaixo transcrevo:

«Deste modo, solicito que V. Ex.ª se digne a providenciar no sentido do formador da acção de formação em causa ser contactado com a devida antecedência por esses Serviços, para que o respectivo processo possa ser preparado.»

A dúvida prende-se directamente com a conjugação das expressões «solicito que» e «se digne a». Tal conjugação, que até pode estar gramaticalmente correcta, não soa bem ao autor desta pergunta. Daí o pedido de esclarecimento!

Obrigado antecipadamente pela vossa colaboração.

Cristina Marques Agrónoma Castelo Branco, Portugal 3K

É correcto dizer «Pedro não o acreditou»? Não deve ser «Pedro não acreditou nele»?

Alain Demoustier Reformado Laveiras – Caxias, Portugal 19K
Haverá grande diferença entre trazer e levar ? P. ex.: «trago ao peito...», «levar uma sova...»

Não significam estes verbos «ir buscar»?

Obrigado.

Catarina Silva Professora Braga, Portugal 7K

Na frase «Tempos antes correra valentemente atrás de um ladrão», qual a função sintáctica da expressão «atrás de um ladrão»?

Ricardo Rodrigues Estudante Coimbra, Portugal 7K

Num trabalho que ando a realizar, necessito de traduzir o verbo to snake para português. A minha escolha, não sei se acertada, recaiu sobre o verbo serpentear. Necessito agora de um substantivo para o movimento de serpentear. Poderá ser "serpenteação"? Ou terei de usar o infinitivo do verbo?

Grato, desde já, pela atenção dispensada.

Marcelo Matteussi Estagiário/estudante de Direito Blumenau, Brasil 49K

Parabéns pelo site e pela ótima iniciativa.

Gostaria de fazer pergunta a respeito da crase. Estava lendo a última edição da revista Veja e, na sinopse de uma de suas reportagens, o jornalista assim escreveu: «Contratos de locação obtidos por Veja mostram que o lobista Gontijo era devedor solidário de tudo o que o senador Renan diz que pagava a Mônica.» Ao ler essa passagem me saltou aos olhos a ausência da crase na locução «a Mônica». Gostaria de entender a razão da não utilização do acento nessa hipótese, pois me parece clara a junção da preposição com o artigo.

Muito obrigado.

Afonso de Mesquita Quadro superior AP Covilhã, Portugal 8K

Uma vez mais a testemunhar o meu apreço pelo trabalho que vem sendo realizado por Ciberdúvidas no sentido de serem proporcionados os esclarecimentos que vos vão sendo solicitados.

Com o desenvolvimento da linguística e pelas diferentes interpretações que, por vezes, se encontram relativamente a um mesmo assunto, as dúvidas são cada vez maiores.

Venho, pois, solicitar o obséquio de me ser facultado um esclarecimento sobre os valores modais aplicáveis a uma dada frase. Assim, na frase «Amanhã podes sair», constatei as seguintes interpretações:

1. Uma interpretação deôntica da modalidade, pois «Podes sair porque já não tens febre», isto é, «sair ou não sair depende de uma situação, de um traço que te afecta»;

2. Uma 2.ª interpretação, epistémica da modalidade, pois «Podes sair porque eu... te dou autorização para isso».

Ora, esta segunda interpretação – "epistémica", no dizer dos autores – não será antes deôntica, precisamente porque não estará tanto o pretender avaliar a "verdade/falsidade" do conteúdo do enunciado, mas sim a pretensão do locutor em agir sobre o seu interlocutor, "autorizando-o"? Aliás, a parte final da interpretação isso mesmo deixa antever.

Grato pela disponibilidade.