Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Timor e a língua portuguesa

«Vem da língua portuguesa uma parte enorme do vocabulário do tétum praça, língua franca de Timor, língua nacional e língua co-oficial. Até muitos dos palavrões que os timorenses usam quando se zangam são portugueses! Esta cultura mestiça euro-asiática moderna marca a diferença e a maneira específica de os timorenses se afirmarem no contexto regional. Está aí a raiz da nacionalidade leste-timorense», escreve o autor neste artigo ainda atual, apesar de publicado há dez anos, na edição de 23/09/2005 do jornal bilingue timorense Lia Foun, uma publicação já desaparecida (ler apontamento do blogue Mosun). T´tulo e subtítulos da responsabilidade do Ciberdúvidas.

Timor fala todas as línguas e nenhuma

 

Na miríade de línguas nativas, a que se soma a herança do indonésio, o português podia ser um meio de acesso à cultura universal — mas não é. Numa excelente reportagem sobre a falência do sonho timorense ("Timor-Leste, a ilha insustentável", Público, 25/11/08) Pedro Rosa Mendes refere-se a vários aspectos da estagnação social e económica deste recente país, entre eles, a questão linguística.

 

A língua portuguesa em Timor-Leste

 

A existência de 4 línguas em Timor é enriquecedora e vantajosa. Pois cada língua é uma janela aberta para o mundo.

A língua portuguesa na mais próspera nação do planeta

Os governantes escolheram o português como idioma oficial, mas poucos timorenses usam a língua de Camões para comunicar. Um paradoxo no qual se viram envolvidos os professores portugueses, que dão o melhor de si para atenuar o problema. Seja em tétum, em bahasa indonésio ou em português, Timor-Leste procura ainda um caminho rumo à prosperidade.

Uma saudável epidemia tomou conta da imprensa brasileira. Os jornais publicam seções de valorização da língua portuguesa; mas, antes de aprofundar o assunto, preocupo-me com o que se passa em Timor Leste, sem nenhum toque de demagogia inconcebível. Já foram assassinadas mais de 200 mil pessoas pelas milícias indonésias, pagando pelo crime de ter uma outra religião (91% de católicos) e de falar outra língua (o português).