Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A descoberta de nossling
Vestígios do português, na aldeia indiana de Korlai

Como um artigo publicado no jornal goês O Heraldo, na sua página semanal em português, deu a conhecer o que ainda se podia ouvir na mossa língua num lugarejo remoto da Índia.

Artigo do autor publicado no Diário de Notícias de 3 de maio de 2021.  

Recordações do jovem Eanes para goeses lerem em português no jornal <i>O Heraldo</i>
O diálogo necessário para salvaguardar a herança cultural de Goa

«Natural e inteligente será, também, que ultrapassados os "ajustes históricos" e as suas 'contas', Goa e a sua juventude, em especial, entendam que a cultura do seu povo se enriquece, sempre, na relação histórica e civilizacional-cultural com outros povos, nomeadamente com o povo português, com o qual percorreu séculos de história.» É a citação que o jornalista Leonídio Paulo Ferreira na síntese de um artigo que Ramalho Eanes, antigo presidente da República em Portugal (entre 1976 e 1986) escreveu para edição em português do jornal goês O Heraldo e que também foi traduzido para a versão em inglês do mesmo diário.

Apontamento publicado no Diário de Notícias  de 25 de janeiro de 2021.

E se um jornal de Goa voltar a escrever em português? Aconteceu
Os goeses redescobrem a língua portuguesa

Fundado em 1900, O Heraldo é um jornal de Goa que, em 1983, mais de duas décadas depois da integração deste território na Índia, passou a publicar apenas em inglês. Contudo, a pedido dos seus leitores, voltou a incluir conteúdos em português, numa secção publicada ao domingo. «[Goa] tem uma cultura de tolerância que é notável e mantém um código civil que não faz distinção entre comunidades religiosas, um legado português que foi respeitado por Jawaharlal Nehru, o homem que foi o primeiro primeiro-ministro da Índia independente em 1947 e que não desistiu enquanto não incluiu as possessões portuguesas no novo país» – lembra o jornalista português Leonídio Paulo Ferreira em crónica publicada em 6 de setembro de 2020 no Diário de Notícias, para assinalar este e outros acontecimentos que têm marcado a redescoberta da língua portuguesa pelos goeses.

Júlio Francisco Adeodato Barreto (1905-1937) nasceu em Margão e fez estudos secundários em parte no antigo Liceu de Margão, e em parte no Liceu de Nova Goa. Aos 18 anos veio para Coimbra, onde se matriculou na Faculdade de Direito, e decorrido um ano, na de Letras.