Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«Tem avondo»
O seu (verdadeiro) significado

O regionalismo corrente  no Sotavento algarvio  e no Baixo Alentejo com o sentido  «já chega» abordado nesta crónica  do autor publicada no jornal Público no dia 3 de junho de 2020 (escrita segundo a norma ortográfica de 1945).

Viajando pelo Alentejo e pelos seus regionalismos
Na estorreia do Sol, entre as gandulas que se escapuliam pelos campos fora

Manajeiro, a pessoa que dirige o trabalho das ceifas ou outros semelhantes, é o ponto de partida para viajarmos à volta de alguns termos comuns de se ouvirem no Alentejo. Uma viagem, que passa pelas borregas, pelas cabras, pelas roeduras e pelos cagaços, lembrand-nos o quão rica é a nossa língua. 

Sabe o que é um mamulhão? No Funchal é uma nódoa negra.
Mostramos-lhe 20 regionalismos

Do século XIX à primeira metade do século, houve grande interesse pela cultura popular. Na perspetiva dos estudos linguísticos, a dialetologia recebeu especial atenção dos vultos da filologia e linguística portuguesas deste período, como J. Leite de Vasconcelos (1858-1941). Hoje, em Portugal, apesar do processo de uniformização desencadeado pelo desenvolvimento urbano, a língua portuguesa evidencia ainda algum grau de diversidade linguística.  Sobre o tema dos regionalismos, a partir da informação recolhida junto da professora universitária e linguista Esperança Cardeira (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), a jornalista Inês Ribeiro elaborou o trabalho que adiante se transcreve e que foi publicado na magazine digital Magg em 2/05/2019.

Xurdir

"Xurdir" esteve entre as dez candidatas a Palavra do Ano 2014, o passatempo da iniciativa da Porto Editora. O significado deste tão pouco conhecido verbo intransitivo, um regionalismo transmontano com equivalência no galego «lutar pela vida», ou, em linguagem mais coloquial, «fazer pela vida» –, e como ele ganhou a notoriedade atual, no texto que a seguir se transcreve do jornal "Público" de 02/12/2014, com a devida vénia à autora.

 

 

Regionalismos

Ao contrário do que pensam algumas conceituadas cabeças, falar e escrever bem a língua portuguesa não é exactamente uma mera preocupação de coca-bichinhos, de sujeitos caturras, portadores de uma dúzia de regras prontas a usar, sempre dispostos a embirrar com novas construções e com a natural evolução das formas. Acontece que a língua é património comum de largas dezenas de milhões de indivíduos, e ...