* in semanário Expresso do dia 8 de julho de 2022.
* in semanário Expresso do dia 8 de julho de 2022.
«[C]omo é sabido, as contendas entre o português de cá (o europeu) e o de lá (o do Brasil) têm-se acirrado a vários pretextos, na sua maioria contestáveis» – escreve norma ortogéficao jornalista Nuno Pacheco em crónica incluída no Público de 17 março de 2022, a propósito da publicação do mais recente livro do linguista e escritor Fernando Venâncio, O Português à Descoberta do Brasileiro (Guerra e Paz, 2022), obra dedicada à análise das reações que o contacto com a variedade brasileira tem suscitado em Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o texto original, mantendo-se a norma ortográfica de 1945 do original
«[A] chancelaria do Brasil, o Itamaraty, é uma casa com 200 anos a pensar a soberania nacional, uma herança de 1808 que redundou na independência em 1822 por Pedro I. Era uma Independência, mas ao mesmo tempo havia ligação com D. João VI que continuava rei de Portugal. É uma história única.» Declarações, à jornalista Isabel Lucas*, do ministro brasileiro dos Assuntos Exteriores, Carlos França, a propósito da comemoração em 2022 do bicentenário da independência do Brasil e no contexto da visita deste diplomata a Portugal, onde também deixou o instrumento de ratificação do acordo de mobilidade na CPLP.
*Entrevista incluída no jornal Público de 13/03/2022, a seguir transcrita na íntegra, com a devida vénia. Manteve-se a norma ortográfica de 1945, conforme o original.
Na imagem, A Chegada de Dom João VI à Bahia (1952), de Cândido Portinari (1901-1962).
«Além da exposição principal e permanente, o Museu tem exposições temporárias que são verdadeiras experiências artísticas, sensitivas e culturais.» Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Baía) incluída na emissão do programa Páginas de Português pela Antena 2, em 27 de fevereiro de 2022. A autora assinala a reabertura do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, corrida em 31 de julho de 2021, recordando a sua história e dando conta de como este espaço recuperou o anterior dinamismo e se refez dos estragos causados pelo incêndio que o destruiu em 2015.
«Entre os membros atuais da ABL [Academia Brasileira de Letras] há apenas um negro, Domício Proença filho, e os antecessores são raros: além de Machado de Assis, que fundou a instituição, houve José do Patrocínio, Silvério Pimenta, Evaristo de Moraes Filho e Octavio Mangabeira, muitos dos quais não se classificavam como negros, como o próprio Machado» – observa a jornalista brasileira Ana Clara Costa num trabalho dedicado aos jogos de interesses envolvidos na eleição dos membros da ABL. Texto publicado na revista Piauí em 11 de novembro de 2021.
«Os proparoxítonos são nobres. Os paroxítonos , triviais (correspondem à maior parte do léxico). O que dizer dos oxítonos? Com a tônica na última sílaba, eles têm um quê de retumbante e definitivo. Só se dão por inteiro. Nada os pode mutilar, sob pena de lhes destruir a alma, o icto, a sílaba tônica.»
O escritor e jornalista brasileiro Chico Viana brinca em torno das palavras agudas (palavras oxítonas), particularmente abundantes nas variedades linguísticas do Brasil, neste texto publicado no Facebook Língua e Tradição, no dia 2 de julho de 2021.
«A influência da cultura em língua portuguesa se dá [...] a partir de variados modos de expressão das sociedades lusófonas, e as festas juninas são um exemplo de nossa diversidade e riqueza cultural, especialmente em Portugal e no Brasil.» A linguista Edleise Mendes, nesta crónica lida no programa Páginas de Português de 27 de junho de 2021, na Antena 2, fala sobre as tradições levadas a cabo nas festas juninas, no Brasil, aludindo à riqueza lexical associada às mesmas.
A propósito do 198.º aniversário da independência do Brasil, comemorado em 2020 num cenário de horror e angústia por causa da pandemia de covid-19, a professora universitária brasileira Edleise Mendes escreveu e leu a crónica que se segue para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 13 de setembro de 2020.
«Nos discursos do presidente da República e seus seguidores, uma forma de linguagem emerge – agressiva, repetitiva, ecoando, sobretudo nas redes sociais, o seu barulho ensurdecedor. Vou denominá-la de LFB (Língua Franca do Boçalnarismo)». São declarações do sociólogo brasileiro Renato Ortiz num ensaio onde apresenta exemplos dessa mesma linguagem. Texto original no jornal Nexo, publicado no dia 15 de agosto de 2020, e aqui transcrito com a devida vénia.
«Uma das pequenas irritações que um português a morar no Brasil sente no dia a dia é ligar a televisão e ouvir um filme de Hollywood, ou de outro lugar que o valha, dobrado — dublado -— em português local. Por isso, num destes dias, senti, num zapping qualquer, uma genuína satisfação ao ver, finalmente, as por aqui tão raras legendas a acompanhar uma fita. Mas logo veio a desilusão; não era uma fita qualquer, era Tabu, o portuguesíssimo filme do portuguesíssimo Miguel Gomes, falado num portuguesíssimo sotaque de Lisboa.»
Texto do jornalista português João Almeida Moreira, correspondente do Diário de Notícias, em São Paulo, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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