Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«Tipo, ok. Tipo, não. Tipo, eu sei.»
Expressão é usada sobretudo pelos mais jovens
Por Agência Lusa

Expressões como «estou tipo atrasado» ou «vou para as aulas tipo à tarde», onde figura a palavra tipo, caracterizam, em Portugal e não só, o atual discurso juvenil e já têm registo escrito, pelo menos num dicionário e num álbum de banda desenhada. Tratar-se-á de uma moda sem consequências ou de um uso que veio para ficar? E para que tendências da língua apontam as ocorrências deste bordão linguístico? Este é o tema de um trabalho da agência Lusa datado de 30 de novembro de 2019 que aqui se transcreve com a devida vénia (texto disponível para subscritores do sítio eletrónico da Lusa; também disponível no Jornal de Notícias, donde se retiraram o título e os subtítulos).

A geringonça vocabular do ano

Se o autor acertar quanto à palavra de 2016 em Portugal – uma iniciativa da Porto Editora desde 2009 –, como escreve neste artigo saído no jornal Público de 6/12/2016, «será a vitória do calão, assim fazendo jus à sua presença crescente na linguagem oral e nas redes sociais.» No caso, «um vocábulo da política [portuguesa] deste ano, cognome da maioria governamental, que teima em querer contrariar o que, nos dicionários, significa algo mal engendrado, tosco e desenculatrado.»

Falares há muitos, dizeres também

♦«Calão é palavra matreira. No dicionário, tanto lhe dá para a mandrice (como calaceiro) como para a pesca (chama-se calão a um barco usado na pesca do atum), mas mais comum é tal palavra servir para designar uma "linguagem especial usada por certos grupos". Não há quem não saiba o que é, na verdade. (...)»

crónica do jornalista Nuno Pacheco, no jornal "Público" de 5/08/2016, que, a pretexto do lançamento da nova edição, revista e aumentada do Dicionário de Calão do Porto, esmiúça vários outros exemplos de expressões, localismos, regionalismos e modos de falar – que vão de Luanda, à Bahia, até ao Algarve]

Furacão
Por Joel Neto

A anunciada passagem do furacão Alex pelos Açores nesta data, 15/01/2016, nesta crónica de sabor local, publicada no Diário de Notícias, que transcrevemos com a devida vénia. Por decisão pessoal, o autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

O falar carioca ensinado via internet

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto de 2016 propiciou, já, a difusão, via internet, de um sem-número de listas de palavras da gíria carioca devidamente traduzidas para a comunicação mais facilitada dos mais de de 2,5 milhões de turistas esperados do mundo inteiro. Inclusive, como se escreve neste apontamento – que, com devida vénia, se transcreve da edição eletrónica do jornal O Dia de 29/11 p.p. –, o «próprio perfil oficial da organização dos Jogos Olímpicos no Facebook ostenta um álbum batizado de Carioca Dictionary». Titulo da responsabilidade do Ciberdúvidas, do original Listas de gírias carioca se espalham pela internet para ajudar estrangeiros.

Obrigado eu

Entre modismos de diversa proveniência e os chamados socioletos, de antes e depois do advento da internet, das redes sociais e dos "smartphones", uma «enxurrada de novas palavras» nos usos do português coloquial no Brasil – nesta crónica do autor publicada na versão digital da revista Carta Capital de 9 de abril de 2015.

 

 

«Não! Chama-lhe parvo...»

À volta de uma expressão muito comum entre os portugueses – que, para um qualquer inglês ou americano, corresponderia, nas mesmas circunstâncias, a uns sucintos «of course» ou «what do you think?» –, nesta crónica do autor, com o título original "O não claro é sim".

[in jornal "Público" de 13 de novembro de 2014]

 

 

As gírias dos adolescentes suscitam dúvidas tanto junto dos seus pais como do resto da comunidade linguística. Neste artigo, refere-se um tipo particular de gíria, de origem anglo-saxónica, em voga entre os adolescentes de Portugal. Trabalho publicado no jornal Correio da Manhã de 8 de setembro de 2013, que a seguir se transcreve, com a devida vénia.