O Dicionário Houaiss introduziu uma nova definição do verbete família. Foi escrito com a colaboração de mais de 3 mil sugestões de pessoas que participaram na campanha online Todas as Famílias, criada por uma agência de publicidade brasileira.
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Sandra Duarte Tavares neste vídeo sobre o poder das palavras e do seu carisma para o bom uso – e o uso bom – do idioma nacional. Ou não. Como é o caso da ambiguidade em vez da clareza e da simplicidade, e do recurso pretensioso aos estrangeirismos. Ou, ainda, à volta de alguns tropeções da linguagem menos cuidada – como a «evacuação de pessoas», «o moral» vs. «a moral», «a vítima que foi abusada» e o «ir de encontro a...» trocado por «ir ao encontro de...».
«É (...) admissível que se faça a distinção entre homens e mulheres, por exemplo, num discurso político, por uma questão de expressividade oratória ("Portuguesas e portugueses", "Cidadãs e cidadãos"...), mas tal não é funcional na generalidade dos discursos e textos. As palavras não têm sexo: na língua, o masculino ou o feminino são, apenas, género gramatical», escreve Maria Regina Rocha, neste artigo dado à estampa no jornal Público deste dia, a propósito da querela suscitada pela iniciativa do Bloco de Esquerda para a mudança, em Portugal, da denominação do cartão do cidadão.
« (...) Os portugueses de hoje não querem, não são, não têm, não fazem. Desejam, constituem, possuem, elaboram. Só se exprimem verbalmente de duas maneiras: ou dizem "Eu não tenho palavras", ou mais valia que as não tivessem, porque arrebitam a linguagem até ao ridículo. A utilização saloia do inglês também é típica destes tempos: por que é que escrevemos on-line quando não dava trabalho nenhum escrever "em linha"? (...) Ele é o retail park, o express shopping, as férias low cost (esta é particularmente significativa: nenhum português faz férias de "baixo custo" ou "baratas"; mesmo que as passem na Cova do Vapor, passam-nas em inglês). (...)»
[Crónica sobre o "policiês", os anglicismos a eito e o falar rebuscado em geral no espaço público português. Publicada pelo autor, ainda em vida, primeiro, no jornal Público de 24 de julho de 2010 e, depois, integrada no livro Ouro e Cinza (Tinta da China Edições, 2014). E recordada, em sua memória, na rubrica da Antena 1 A Contar, de David Ferreira, no dia 3 de maio de 2016, que aqui se deixa também disponível.]
Cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, criaram o primeiro atlas semântico do cérebro.
Texto com título original "Zonas do cérebro associadas às palavras e aos seus significados", que a seguir se transcreve, com a devida vénia do jornal Público do dia 28 de abril de 2016. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945
O jornalista Nuno Pacheco alerta para as situações caricatas que o «vírus do anglicismo» provoca em Portugal, propagando-se muito além do que é admissível (texto saído com título original Perdidos na tradução no jornal Público em 29/04/2016).
«O uso que Camões faz do léxico exclusivo português já conhecido é extremamente moderado e, mais do que tudo, as exclusividades portuguesas introduzidas [em toda a sua obra] foram residuais», sustenta o linguista e professor universitário Fernando Venâncio, num estudo sobre o português usado pelo épico de Os Lusíadas.
[in "Público" do dia 20 de abril de 2016, que se transcreve a seguir na íntegra, com a devida vénia e respeitando a norma anterior ao Acordo Ortográfico seguida pelo jornal português]
«[C]onvidaram-me a uma mesa-redonda onde fui bombardeado com perguntas, a primeira das quais, a inevitável: O que significa exactamente "saudade", termo ouvido tão insistentemente e referido como algo que ninguém não-português consegue apreender?» A pergunta é o ponto de partida para uma crónica do escritor e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida, que desvela os supostos arcanos da palavra saudade (texto publicado pelo Jornal de Letras de 2/03/2016).
Artigo da autoria das jornalistas Sílvia Júlio e Teresa Joel, publicado no jornal "Tempo Livre" (n.º 32 da 2.ª série, fevereiro/março de 2016), da Fundação INATEL, à volta do excesso de anglicismos e do menor cuidado no uso do idioma nacional no espaço mediático português.
Muito se tem escrito e falado sobre a utilização do grau centígrado como unidade corrente de temperatura. Nos jornais, na rádio e na televisão, uns dizem «grau Celsius», e outros falam no «grau centígrado». Mas subsiste, para algumas pessoas, a dúvida aparentemente eterna: a forma correcta é «grau centígrado», ou «grau Celsius»? (...)
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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