«A língua portuguesa, como as demais línguas – escreve neste trabalho* a linguista portuguesa Margarita Correia –, está eivada de unidades lexicais ou expressões que denotam muitos dos preconceitos que marcaram a sociedade portuguesa e as sociedades lusófonas ao longo dos tempos. Esses preconceitos podem visar grupos raciais e/ou étnicos (exs.: negros, judeus, ciganos), nacionalidades específicas (exs.: chineses, indianos), grupos religiosos (exs.: judeus, muçulmanos), mas também grupos profissionais e etários, entre outros. Claro que os preconceitos podem também ser de natureza sexual.»
* Artigo publicado na revista brasileira Alfa – Revista de Linguística, v. 50, n.º 2, 2006. Segue a norma ortográfica de 1945.